Sócio de empresário morto diz que sumiu com celular para preservar conversas
Rodinei Alves dos Santos está preso após polícia encontrar aparelho destruído
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Preso por suspeita de envolvimento no assassinato do sócio, ocorrido quarta-feira (7) em Dourados (a 233 km de Campo Grande), o empresário Rodinei Alves dos Santos, 41, alegou ter escondido o próprio celular para evitar que a polícia tivesse acesso a conversas e informações pessoais.
Essa foi a principal alegação apresentada por ele após agentes do SIG (Setor de Investigações Gerais) desconfiarem da versão contada por Rodinei ainda na noite da execução de Junior da Silva Bonato, 41, o “Juninho”. Segundo o delegado Erasmo Cubas, do SIG, há “fortes suspeitas” do envolvimento dele como mandante da execução.
Bonato e Rodinei eram sócios da DG Transportes, localizada no bairro Altos das Paineiras, saída para Itaporã. Foi no escritório da empresa que Bonato foi morto com 11 tiros de pistola 9 milímetros. O atirador ainda não foi localizado.
Logo após avisar a polícia sobre a morte do sócio, Rodinei alegou que seu iPhone tinha sido levado pelo pistoleiro. Desconfiados, os investigadores começaram a questioná-lo sobre o caso e Rodinei contou ter escondido o celular para evitar que a polícia tivesse acesso a conversas pessoais dele.
Entretanto, segundo o delegado Erasmo Cubas, do SIG, para a surpresa geral, quando o celular foi encontrado estava totalmente destruído, o que aumentam as suspeitas contra Rodinei. "Ele era testemunha, não tinha porque nem ter o celular periciado", afirmou Cubas.
Veja a entrevista do delegado:
A polícia já descobriu que Rodinei escondeu o celular no pátio da empresa onde Bonato foi morto, embaixo de uma pedra. Ontem, ele entrou em contato com um parente e pediu para a pessoa ir até o local e pegar o aparelho. Depois de ser destruído, o celular foi jogado perto da rodovia MS-156, no acesso ao Distrito Industrial de Dourados, do outro lado da cidade.
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Rodinei e continua com as buscas para tentar localizar o pistoleiro. O empresário ainda nega envolvimento na morte.