Suspeito de estuprar estudante é preso um ano após crime

A Polícia Civil de Dourados, cidade localizada a 251 quilômetros de Campo Grande, prendeu o suspeito de estuprar várias estudantes universitárias durante a tarde desta terça-feira (5).

Janderson Benites Peixoto, de 40 anos, foi encontrado na Aldeia Jaguapiru, situada na região norte do município, pela equipe do SIG (Setor de Investigações Gerais) e da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher).

Na coletiva de imprensa, o delegado responsável pela investigação, Erasmo Cubas, explicou como foi realizada a busca pelo suspeito. "Passamos alguns meses investigando fatos, e de lá pra cá, unificamos as delegacias para identificar o indivíduo. Não tivemos êxito na primeira tentativa, mas na semana passada, obtivemos informações que chegaram até Janderson".

Segundo o titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, o suspeito foi identificado através de um vídeo, em que ele aparece de capacete atacando uma jovem em um conjunto de apartamentos. Com as imagens, Janderson acabou confessando a tentativa e os casos consumados durante o interrogatório.

"Preferiu confessar após se arrepender. Fora que ele se encaixa nas suspeitas da época, um rapaz de motocicleta que perseguia mulheres e sempre procurava ruas escuras, terrenos, onde poderia agir sem ser visto", concluiu Cubas.

Janderson teve a prisão preventiva decretada e responderá por estupro de forma tentada/consumada e importunação sexual.

Relembre o caso - Pelas redes sociais, a estudante da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), que foi vítima de estupro, divulgou detalhes do crime que aconteceu em agosto de 2022. Por volta das 19h30, ela caminhava pela Rua Quintino Bocaiúva em direção à Fadir (Faculdade de Direito e Relações Internacionais), quando foi abordada pelo homem.

Segundo a estudante, o autor estava em uma moto e se aproximou por trás da vítima dizendo que estava armado. "Fui levada para os fundos de um terreno baldio, onde fui obrigada a tirar a roupa para ser estuprada", contou. "Ele dizia para eu não gritar e eu confirmava dizendo que não faria. Ele mandou que eu deitasse no chão, e depois mandou que eu tirasse a calça e a calcinha e me penetrou algumas vezes. Ele levantou e foi embora”, completou.

Após o ato, o homem foi embora e a vítima pediu ajuda na universidade. Ela contou que foi até a unidade da Fadir, onde pediu ajuda de colegas de curso que acionaram a Polícia Militar.

“Fiz exame de sangue. Fiz o corpo delito. Lembro de tirar a calça para colocar o roupão do hospital e perceber que eu e o chão estávamos sujos de terra. Saí do banheiro chorando e pedindo desculpas pela bagunça. Pedi para uma amiga notificar o ocorrido nos grupos das turmas. Quero que todos saibam o que aconteceu comigo. Não quero que ninguém passe pela mesma situação, nem nenhuma parecida”, diz outra parte do depoimento da estudante.

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