Terceiro suspeito de ligação em assassinato de caminhoneiro se apresenta
Miguel Ovando é apontado como envolvido na morte de Veríssimo Coelho dos Santos
Se apresentou espontaneamente nesta segunda-feira (19) à Polícia Civil o terceiro suspeito de envolvimento no assassinato do caminhoneiro Veríssimo Coelho dos Santos, 61, no dia 31 de março deste ano em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
Miguel Sérgio Ovando, 52, teria dado apoio material para os outros dois envolvidos – Sauro Henrique Teixeira da Silva, 28, sobrinho-neto da vítima e suposto mentor do crime, e Gustavo Rodrigues de Souza, 19, o “Gustavo Guerreiro”, suposto executor.
Com prisão preventiva decretada pela Justiça, Miguel se apresentou na sede do SIG (Setor de Investigações Gerais) acompanhado pelos advogados Renan Pompeu e Leda Roberta Grünwald. O suspeito usou o direito de ficar em silêncio.
Miguel criava galinhas na chácara de Sauro, na Sitioca Campina Verde, e cuidava dos cachorros quando o proprietário viajava. Ele é acusado de ter levado Gustavo até a chácara, onde Veríssimo foi morto.
A defesa informou ao Campo Grande News que vai pedir a revogação do mandado alegando falta de requisitos necessários para a prisão preventiva. O suspeito é acusado de dar carona para Gustavo até a chácara onde ocorria um churrasco. Logo depois, Veríssimo foi assassinado.
Sauro Teixeira é acusado de ter planejado a morte de Veríssimo para ficar com os bens do parente. Na semana passada a polícia localizou um pedaço de ferro, uma corda e uma calça jeans nos fundos do bairro Estrela Verá, região leste da cidade.
Para o delegado do SIG Erasmo Cubas, os indícios são de que a calça estava sendo usada por Sauro no momento do crime e a corda foi utilizada para amarrar e enforcar a vítima. Os materiais teriam sido jogados no local por “Gustavo Guerreiro”, que mora naquela região da cidade.
O crime – O corpo de Veríssimo foi encontrado dentro da caminhonete dele, uma Silverado branca, na manhã do dia 31 de março. A caminhonete foi abandonada em uma rua sem saída nos fundos de condômino fechado na região sul da cidade.
Segundo a polícia, Veríssimo foi assassinado na chácara de Sauro e depois o corpo foi deixado dentro da caminhonete, a 500 metros em linha reta do local da morte.
Quando estava no banco do passageiro da Silverado, Veríssimo também foi alvejado por 16 tiros de pistola calibre 380. A polícia ainda não sabe se ele ainda estava vivo nesse momento ou se os tiros foram apenas para atrapalhar as investigações. Sauro nega participação no crime e diz que considerava o tio-avô como seu pai.