Justiça decreta preventiva de presos com arquivos de pornografia infantil
Os dois foram presos em flagrante durante a 3° fase da Operação Luz da Infância nesta quinta-feira (22)
O militar do Exército Matheus Henrique Maciel Mendes, 21 anos, e o servidor público Euclides Moreira Barreto Júnior, de 42 anos, tiveram a prisão em flagrante revertida em preventiva durante audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (23), no Fórum de Campo Grande. Os dois foram presos em flagrante durante a 3° fase da Operação Luz da Infância III contra pornografia infantil.
Matheus foi o segundo a ser preso durante a operação e responde por adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente com pena de 1 a 4 anos de reclusão e multa.
Ele responde ainda pelo crime de oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente com pena de três a seis anos e multa. Matheus estava em sua casa, no Jardim Tijuca quando foi surpreendido pelos policiais que encontraram imagens de pornografia infantil em seu computador e celular.
Já Euclides foi o último a ser levado para a delegacia e se identificou como estudante ao ser preso no bairro em que mora, no Coophamat. Ele responde por adquirir, possuir ou armazenar mídias de cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
Operação - Quatro pessoas foram presas em flagrante durante a Operação, que apura crimes de pornografia infantil em todo o Brasil. Os suspeitos, conforme as investigações, movimentaram em seis meses mais de 100 imagens e vídeos envolvendo pornografia e sexo com crianças e adolescentes. Matheus e Euclides são de Campo Grande, um de Iguatemi e o quarto de Jardim.
O último é funcionário da Câmara Municipal de Jardim e veio a Capital para uma conferência de gestão pública, enquanto isso, deixou o computador em casa baixando imagens pornográficas de crianças e adolescentes.
Segundo a delegada Marília de Brito Martins, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), foram seis meses de investigação e análise de dados na deep web para localizar os cinco alvos da operação em Mato Grosso do Sul. Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na ação.
As ações aconteceram simultaneamente em 18 estados brasileiros e no Distrito Federal. Ao todo foram cumpridos 69 mandados de busca e apreensão, que visam prisões em flagrante por armazenamento de pornografia infantil.
Essa é a terceira fase da operação. A primeira aconteceu em outubro de 2017 e em Mato Grosso do Sul resultou na prisão de duas pessoas, um advogado e um vendedor. Em maio uma nova ação cumpriu nove mandados de busca e apreensão e terminou com quatro prisões em Campo Grande - entre eles o policial civil Paulo Manoel Eugênio Elesbão Silva, de 36 anos - e outros três em Dourados, Glória de Dourados e Naviraí.
Todo material apreendido foi enviado ao IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal) para passar por perícia.