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Cidades

Ministro da Defesa chega à 4ª Brigada em Dourados para balanço da Ágata 2

Edmir Conceição | 22/09/2011 12:11

Desde segunda-feira, as Forças Armadas realizam uma nova missão: impedir a entrada de rebanhos vindos do Paraguai, país que voltou a ser atingido pela febre aftosa.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, acaba de desembarcar em Dourados, passou em revista às tropas formadas em sua honra e está sendo recebido no QG da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, onde será feita explanação sobre os resultados da Operação Ágata 2. Celso Amorim foi recebido no Aeroporto Municipal de Dourados pelo governador André Puccinelli e o prefeito Murilo Zauith e o comandante militar do Oeste, general João Francisco Ferreira.

O ministro esteve ontem no Centro de Comando Conjunto da Operação Ágata 2, localizado no Comando Militar do Sul, em Porto Alegre (RS), hoje de manhã inspecionou na área fronteira em Foz do Iguaçu (PR) e conclui a inspeção na região de Dourados, junto com o o chefe do Estado-Maior Conjunto, general-de-exército José Carlos de Nardi; os comandantes do Exército, general-de-exército Enzo Martins Peri, e da Marinha, almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto; e o chefe do Comando de Operações Aéreas, tenente-brigadeiro Gilberto Antonio Saboya Burnier.

A ação em campo teve início na última sexta-feira, com o emprego de 8 mil militares (7 mil do Exército). O dispositivo aéreo emprega cerca de 40 aviões e helicópteros (de caça, transporte, radar e reconhecimento) das três Forças e uma aeronave remotamente pilotada (mais conhecida como Vant) da Força Aérea. A Ágata 2 caracteriza-se por ser uma operação interagências e conta com o apoio de 2 mil agentes policiais e homens e mulheres da Força Nacional de Segurança.

Para defender o espaço aéreo contra voos ilícitos, a FAB mantém aviões de caça F-5EM e A-29 Super Tucano em Dourados e Maringá (PR), próximas à fronteira com o Paraguai, além das Bases Aéreas de Canoas (RS) e Campo Grande. Nessa missão também é empregada a rede de radares do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 2), de Curitiba (PR).

Ao contrário da Operação Ágata 1, realizada em um ponto fixo da Amazônia junto à fronteira da Colômbia, a segunda etapa utiliza patrulhas móveis, deslocadas a partir de informações obtidas por inteligência direta, satélites, aviões radares e de um Vant. Desde segunda-feira, as Forças Armadas realizam uma nova missão: impedir a entrada de rebanhos vindos do Paraguai, país que voltou a ser atingido pela febre aftosa. Foi o próprio ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, quem solicitou a inclusão da aftosa como alvo da Ágata 2.

Plano de fronteiras - Assim como a Ágata 1, realizada no mês passado, a nova operação faz parte das ações do Plano Estratégico de Fronteira, instituído por decreto presidencial com a previsão de estabelecer uma coordenação conjunta e consensual para atuar nas áreas limítrofes do País.

Cerca de 11 milhões de brasileiros vivem nos 710 municípios da faixa de fronteira. Dos 16 mil quilômetros da linha limítrofe, 9,5 mil são permeados por rios que nascem nos países vizinhos e descem em direção ao território nacional, servindo como rotas de atuação do crime organizado. Para enfrentar o problema, os ministérios da Defesa e da Justiça definiram 34 pontos de vulnerabilidade, que serão cobertos pelas Forças Armadas em sucessivas edições da Operação Ágata.

O Plano Estratégico de Fronteiras também tornou permanente a Operação Sentinela, coordenada pelo Ministério da Justiça desde 2010. Também serão instalados gabinetes de gestão integrada de fronteira (GGIF) nos dez estados brasileiros que fazem divisa com outros países. Corumbá e Foz do Iguaçu (PR) já possuem essas unidades que integram e articulam o trabalho dos órgãos de segurança pública federais, estaduais e municipais.

(*) Com informações da Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Defesa

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