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Cidades

Operação da Polícia Civil prende 340 pessoas e apreende 24 armas

Luciana Brazil e Paula Maciulevicius | 10/05/2013 13:48
Placas de veículos foram apresentadas durante balanço final da operação. (Foto: Paula Maciulevicius)
Placas de veículos foram apresentadas durante balanço final da operação. (Foto: Paula Maciulevicius)

A operação da Polícia Civil PC 27, deflagrada ontem em todo país, terminou com 340 presos em Mato Grosso do Sul, 227 quilos de entorpecentes, além de R$ 74 mil e 5 mil dólares apreendidos. Ainda foram confiscadas 24 armas e 37 veículos. A operação envolveu 139 delegados e 614 agentes em todo país.

Uma nova operação já está prevista para ser deflagrada. Em junho, uma reunião definirá como serão as ações posteriormente. “A idéia é que seja feita em conjunto com os estados”, disse, na manhã de hoje, o chefe da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Jorge Razanauskas.

Conforme balanço da PC 27 divulgado hoje, dos 340 detidos, 89 foram presos na Capital, 128 foram detidos em flagrante e 203 por cumprimento de mandado de prisão. Entre os detidos estão nove adolescentes. A maior parte dos presos está nas delegacias e será transferida para os presídios.

Os crimes de homicídio, roubo, estupro e tráfico de drogas foram os principais focos. O aniversário de 205 anos da Polícia Civil motivou a ação, segundo Razanauskas.

A operação é fruto de uma decisão da Comissão Nacional de Chefes da Polícia Civil, conforme explicou Jorge. “Eles decidiram fazer a operação coordenada nacionalmente. E dentro dessa operação é que prenderam as pessoas do Detran”.

Para o chefe da Polícia Civil do Estado, a ação foi positiva, não só pelo número de presos, mas também pelo número de planejamentos e de policiais envolvidos.

“A operação transcorreu com toda serenidade. O foco era identificar a criminalidade que começa no Estado e vai para outra localidade. Essa é a primeira operação nesse sentido e é o começo para que se façam outras ações integradas, com outros estados”.

Classificando a ação como “extremamente positiva”, Razanauskas afirmou que desde 2009, Mato Grosso do Sul não desenvolvia uma operação nesses moldes.

Ele ainda fez questão de frisar que a operação não foi motivada pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 37, conhecida como PEC da impunidade. “São 27 estados que escolheram a data para coincidir com o aniversário da corporação”.

A emenda, PEC 37, pretende tirar o poder de investigação criminal dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal. Se aprovada, a emenda deve inviabilizar investigações contra o crime organizado, desvio de verbas, corrupção, além de outros abusos.

Operação foi positiva, segundo delegados.
Operação foi positiva, segundo delegados.

Os presos, segundo a Polícia, fazem parte de quatro quadrilhas que agiam em conjunto. Pelo menos uma pessoa foi presa em cada um dos 79 municípios.

Entre os crimes praticados estão à corrupção ativa e passiva; uso de documento falso; tráfico de drogas; lavagem de dinheiro; homicídio; estupro; roubo falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informática.

Todo o esquema era feito através de veículos com documentos falsos, fabricados no interior de São Paulo, e que eram trazidos para o Estado para a venda e revenda. “Eles esquentavam os veículos com Renavam falsos. Nome, numerações, de gente morta e até quem nunca existiu. Os veículos eram passados para frente seja de forma licita ou ilícita”, explicou Jorge.

O chefe da Polícia Civil confirmou que quatro funcionários no Detran de Ponta Porã e um em Antônio João faziam parte do esquema. Apenas em uma das prisões foi oferecida resistência com fuga, mas o individuo acabou detido.

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