Operação prende um dos maiores traficantes da Capital
O principal fornecedor de drogas para a Vila Nhá Nhá, apontado como o maior reduto do tráfico de entorpecentes em Campo Grande, foi preso nesta sexta-feira em operação envolvendo a Polícia Civil e o Cigcoe. Além do "cabeça" do bando, foram presas mais três pessoas, além de um adolescente.
Anderson da Silva Nakamura, de 28 anos, conhecido como Japão é apontado pela Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) como o mais importante distribuidor de drogas do bairro da região centro-sul de Campo Grande.
Japão está em livramento condicional da prisão. Ele foi preso por um homicídio ocorrido em 2002. A polícia acredita que a morte esteja ligada de alguma forma ao tráfico.
As atividades ilícitas de Nakamura estavam sob investigação há pelo menos cinco anos. A polícia nunca havia conseguido dar flagrante no traficante, que era responsável por "alimentar" as bocas de fumo do bairro. Há suspeitas de que ele comanda o tráfico na Nhá Nhá há pelo menos oito anos.
Na operação, que envolveu além da Denar, policiais do Garras, Deco (Delegacia de Combate ao Crime Organizado) e os cães farejadores da Cigcoe, a polícia cumpriu sete mandados de busca e apreensão. Em três casas na Rua Sol Nascente, que funcionavam como depósito da droga, a polícia recolheu dinheiro e entorpecente, além de duas motos e um carro.
Foram recolhidos R$ 15.500 em lâminas de cheque, 20 celulares, uma balança de precisão, R$ 47.512 em espécie, seis dólares e 477 gramas de pasta base de cocaína em estado bruto. A partir desta quantidade, é possível produzir, segundo a polícia, 2.000 "paradinhas".
Além de Japão, foram presos Luciano Souza Barboza, de 25 anos, vulgo "Quiquinês", apontado como sócio de Nakamura; Reginaldo da Silva Ortega, o "Dega", de 28 anos, tido como vendedor de entorpecente no bairro.
A esposa de Anderson, Suzana Santana Taborda, de 26 anos também foi presa. Ela não tem passagens policiais, mas toda a família já cumpriu pena por tráfico. O adolescente de 17 anos que foi preso hoje havia saído a uma semana da Unei. Ele foi encaminhado para a Deaij (Delegacia de Atendimento à Infância e Juventude).
Todos vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Porém, na casa de Reginaldo não foi encontrado entorpecente. Mesmo assim, ele vai responder por receptação e posse ilegal de munição.
Na casa do Reginaldo não foi encontrada droga, mas foi preso por receptação e posse ilegal de munição. A partir da prisão de Nakamura, a polícia acredita que o tráfico na região da vila Nhá Nhá vai diminuir consideravelmente.