Professores do Instituto Federal param por redução na jornada de trabalho

Os professores da IFMS (Instituto Federal do Mato Grosso do Sul) não trabalharam hoje (27) pedindo a diminuição da carga horária, de 40 horas para 20h em sala de aula. Também reivindicaram melhorias nas instalações físicas e estruturais do instituto. Cerca de 60%, dos 150 professores, irão paralisar por 24 horas.
O Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) realizou uma assembleia no prédio da reitoria, localizado na Rua Ceará. Conforme a ata da reunião a paralisação se deve pela “Precariedade das instalações físicas e estruturais do instituto de Campo Grande, que está local provisório, se agravando progressivamente”.
O presidente do sindicato, Alexandre Lopes, também ressaltou que o local está com condições “inadequadas de uso”, coincidindo com o aumento de turmas, “provocando até falta de salas de aulas”.
Lopes ainda apontou que no dia 5 de agosto foi apresentado um memorando, onde o IFMS divulgou uma redistribuição das aulas dos professores, prevendo que eles fiquem 32h em sala de aula. “Esse foi o motivo principal da paralisação”, revelou.
Os professores pediram, durante a assembleia, que fossem destinados 20h, no máximo, para atividades de ensino, sendo 16h dentro de sala e 4h para atendimento ao estudante. Também enumeraram mais 20h para atividades de organização de ensino, preparação de aula, elaboração de conteúdo e participação em capacitação e pesquisa.
O chefe de gabinete da reitoria, Moacir Augusto de Souza, estava presente na assembleia e avaliou a situação como um mal entendido. “O objetivo da instituição é manter um equilíbrio em relação às atividades, dentro desta carga horária, e em nenhum momento prejudicar os professores”, comentou.
Ainda afirmou que a reitoria está cumprindo às 40h previstas, sendo que elas foram distribuídas em diversas atividades, sem prejudicar a capacitação, mestrado e outras atividades.
“Nós vamos ouvir todas as reivindicações para que entremos em um acordo”, assegurou Souza.
De acordo com Lopes o sindicato não tem a intenção de promover greve, mas “debater o assunto e chegar a um acordo”, destacou.
Os professores de Campo Grande, Coxim, Ponta Porã e Nova Andradina aderiram a paralisação. Ficaram de fora Três Lagoas, Corumbá e Aquidauana, mas que também estão insatisfeitos com a situação, porém não paralisaram, revelou o presidente.