Projeto busca aumentar profissionalização de mulheres nas áreas de tecnologia
Projeto de extensão do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) vai buscar incentivar a inserção de meninas e mulheres nas áreas de Ciências Exatas, Computação e Engenharia, com oficinas de qualificação profissional oferecidos pelo instituto.
Cinco escolas públicas de Corumbá, Ladário e Puerto Quijarro, cidade boliviana que fica na fronteira com o Brasil, receberão um computador, além de cursos e bolsas para professores.
Batizado de “Meninas Pantaneiras na Ciência e Tecnologia”, o projeto busca desmistificar a ideia de que as mulheres devem atuar apenas em cursos que são apontados como mais apropriados para a sensibilidade feminina.
“O número de meninas na área tecnológica é muito baixo. Nas duas turmas de Processos Metalúrgicos que estão sendo encerradas, por exemplo, apenas cinco estudantes vão se formar. É muito baixa a participação feminina. Queremos mostrar que é mais uma área que elas podem atuar, pois há mercado para elas”, explicou Paula.
Única proposta de Mato Grosso do Sul aprovada pela em chamada pública do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o projeto receberá R$ 90,4 mil para a execução de uma série de ações.
O “Meninas Pantaneiras” prevê a realização de oficinas, capacitações para professores da rede pública, preparação de estudantes para olimpíadas de conhecimento, disponibilização de 23 bolsas de incentivo à pesquisa para estudantes e professores, além da doação de um computador novo para cada escola participante.
Os cursos irão abordar temas como soldagem, aplicação e operação em impressoras 3D, siderurgia, manutenção de computadores, análise de falhas, Roboeduc, energia renovável e astronomia.
Escolas – No Brasil, serão atendidas pelo projeto a Escola Municipal Barão do Rio Branco, a Escola Estadual Dois de Setembro, a Escola Rural Monte Azul, todas em Corumbá, e a Escola Municipal Dois de Setembro, em Ladário. Do lado boliviano, será atendida a Escuela de Frontera, em Puerto Quijarro.
O projeto começará a atender as escolas no primeiro semestre de 2019. A expectativa é de que pelo menos 200 jovens sejam beneficiadas até o final das atividades, com duração prevista de um ano e meio.