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Cidades

Quadrilha do cigarro desmantelada pela PM planejava matar comandante

Nadyenka Castro | 26/10/2011 07:30

Coronel Carlos Alberto David dos Santos foi ameaçado de morte devido ao trabalho realizado pela instituição no combate ao contrabando

Ação rigorosa do comandante da PM, coronel Carlos Alberto David dos Santos, desencadeou plano para executá-lo. (Foto: João Garrigó)
Ação rigorosa do comandante da PM, coronel Carlos Alberto David dos Santos, desencadeou plano para executá-lo. (Foto: João Garrigó)

O comandante da PM (Polícia Militar) coronel Carlos Alberto David dos Santos foi ameaçado de morte pela quadrilha presa nesta segunda-feira na operação Holambra.

De acordo com fontes do Campo Grande News, a informação inicial era de que o bando teria contratado pistoleiros paraguaios para matar o comandante, mas, depois foi constatado que as ameaças eram feitas por policiais que integravam o bando envolvido no contrabando de cigarros.

Conforme apurado pela reportagem, os militares queriam ‘apagar’ o comandante porque a PM intensificou o trabalho de fiscalização nas rodovias e com isso o número de apreensões aumentou, situação que prejudicou a quadrilha.

O bando também fez ameaças ao comandante da Polícia Militar Rodoviária, major Joilson Queiroz Sant’Ana, que está sob escolta da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais).

A partir das ameaças ao major, o Serviço de Inteligência da PM verificou que o coronel David também era alvo do grupo.

Ao contrário do que a quadrilha esperava, as ameaças fizeram a instituição ‘fechar o cerco’ ao bando, resultando nas prisões e apreensões desta segunda-feira.

Segundo apurado pelo Campo Grande News junto à pessoas que acompanham o caso, além dos militares presos, há indícios de envolvimento de integrantes de outros órgãos da segurança pública no contrabando. Procurado pela reportagem, o coronel David não quis falar sobre o assunto.

Operação Holambra - A ação cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em Campo Grande, Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia e Rondonópolis, Mato Grosso.

Oito policiais militares foram presos e um está foragido. Ele pode ter sido avisado da operação e por isso fugiu. Todos os militares já respondem a processo disciplinar e podem até ser expulsos da corporação.

Do total de militares presos, quatro atuavam em Sidrolândia e três em Campo Grande. Eles receberiam propina para facilitar a entrada de mercadorias paraguaias no Brasil.

Além deles, outras 13 pessoas foram presas na operação Holambra Foram nove prisões em Campo Grande, 10 em Sidrolândia, uma em Dois Irmãos de Buriti e uma em Rondonópolis.

Entre os civis está o motorista da prefeitura de Sidrolândia, Diovane dos Santos. Na casa dele, policiais encontraram munições de diversos calibres: ponto 50, ponto 762, ponto 44 e a maioria 22.

Diovane também é motorista de um jornal de Sidrolândia e foi autuado em flagrante por posse de munições.

Também estão presos dois comerciantes. Um deles é o dono de uma loja de revenda de produtos a R$ 1,99 que foi fechada por policiais e fiscais da Receita Federal.

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