72% dos empregos gerados vem das micro e pequenas empresas
Com estrutura de funcionamento mais enxutas, as micro e pequenas empresas são a porta de entrada para o mundo dos negócios. O peso e a importância delas como indutoras do crescimento econômico ficam ainda mais evidentes em uma economia que sempre está passando por turbulências, como foi na pandemia.
Oitavo mês de crescimento.
Muito se fala em agronegócio e indústria como geradores de empregos. É apenas marketing. O setor que realmente gera emprego e não para de crescer é o das micro e pequenas empresas. A média mensal de postos de trabalho gerados, desde o início do ano, é superior a 160 mil. No primeiro semestre essas empresas, com pouca ou nenhuma fama, foram responsáveis por 961 mil vagas de empregos - 72% do total. As médias e grandes responderam por 279 mil, 21% do total. O quadro é semelhante ao do primeiro semestre do ano passado, quando os pequenos negócios geraram 7 em cada 10 vagas.
Esqueceram de mim.
Os números confirmam que as pequenas empresas são aquelas que melhor podem responder aos tempos difíceis da economia. Empregos? Só elas podem responder. Esse setor vem sendo relevante há muito tempo e ganhou mais musculatura com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Também são elas que respondem por 30% do PIB e representam 99% de todas as empresas em atividade.
Tributos em demasia.
Como todos os demais setores da economia, reclamam de uma simplificação tributária que nunca vem. Os tributos mudam de um município para outro e tomam tempo de gestão do dirigente. É inacreditável, mas no Brasil é necessário cumprir com 97 impostos e contribuições. Também é uma baderna legalizada. São pelo menos 4.626 normas tributárias. Uma verdadeira caixa de Pandora. Aliás, não seria estranho se os gregos viessem aprender conosco como avacalhar impostos, como construir uma caixa de Pandora dentro da outra.