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Em Pauta

Antes dos cemitérios, o costume era enterrar dentro das igrejas.

Mário Sérgio Lorenzetto | 08/11/2022 06:30
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Milhões de brasileiros acorreram aos cemitérios para chorar seus mortos. Nem sempre foi assim. Até meados do século XIX, o costume era enterrar os mortos dentro das igrejas. Esse, todavia, era o enterro das elites. Era reservado a nobres e bispos. Pobres, padres e escravos eram enterrados ao lado da igreja, em uma vala comum. Na quase totalidade das vezes, nem mesmo tinham caixões, eram envoltos em tecidos variados e depositados na vala. Não é difícil imaginar a quantidade de doenças transmitidas, dentro e fora das igrejas.


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Consolação, o primeiro cemitério brasileiro.

Um ar maléfico enchia as igrejas e expunha os fiéis, que ficavam horas sentados lá dentro, a todo tipo de infecção. Esse hábito nada higiênico começa a findar em 1.850, quando construíram o cemitério da Consolação, em São Paulo. Era uma novidade mundial. Napoleão mandara construir o "Pére Lachaise", o primeiro cemitério do mundo, em 1.804.


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Cemitério de novela.

Similar à novela "O Bem Amado" da rede Globo dos anos setenta, a história do cemitério Santo Antônio começa com a doação do terreno feita por Amando de Oliveira e termina com o enterro do doador nesse local. Pode parecer inverossímil, mas Amando de Oliveira doou a área e foi o primeiro a ocupá-la. Todavia, o cemitério Santo Antônio teve sua primeira localização onde hoje é a Praça Ary Coelho. No ano de 1.887, o cemitério foi transferido para o bairro Amambai, onde atualmente é a Casa da Indústria. Posteriormente, entre 1.913 e 1.914, ganhou sua morada definitiva, onde ficava a fazenda Bandeira.

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