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Em Pauta

Apanhador de pulgas. A infidelidade coça?

Mário Sérgio Lorenzetto | 07/11/2022 09:15
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Desde a Antiguidade, passando pela Idade Media e Renascimento, muitos estudos e esforços foram feitos para debelar a coceira. Durante milhares de anos, receitavam a sangria, que valia para todos os males, como forma curá-la. Em vão, a coceira tem inúmeros origens: pernilongos, pulgas, percevejos, piolhos, catapora, sifilis, foliculite...a lista é imensa.


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Sem conforto e coçando.

A história da coceira está intimamente ligada ao conforto. A vestimenta da imensa maioria das populações causavam coceira. Antes da Revolução Industrial o conforto era reduto de poucos. Durante séculos, o tecido mais comum para o povo era a lá. Uma lã de má qualidade que coçava. A seda da China e o algodão do Egito eram redutos de poucos - mas a coceira era o flagelo de muitos. Essa coceira só foi resolvida quando começaram a criar novos tipos de tecidos contendo pequeno teor de seda, que eram por isso mais baratos.


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O apanhador de pulgas.

Mesmo para as elites, livrar-se da coceira era operação de sucesso relativo. Uma solução adotada pelas elites francesa e inglesa no século XVII foi um engenhoso dispositivo conhecido como "apanhador de pulgas". Um intricado exemplar, feito de marfim, resistiu ao tempo e está exposto no "Louth Museum", na Inglaterra. Com cerca de 7 centímetros de comprimento e usado à volta do pescoço, era preenchido com sangue e gordura. Outros apanhadores de pulgas usavam sangue e mel. Acreditavam que atrairiam e aprisionariam as pulgas.


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Quando a infidelidade era uma coceira.

Ao longo dos séculos, um dos pecados mais hediondos - para a maioria das religiões - era a infidelidade conjugal. A fidelidade era o mais importante alicerce da família patriarcal. Mulheres que fossem apanhadas cometendo adultério eram publicamente humilhadas. Tinham de portar cartazes no pescoço no pátio da igreja aos domingos. A lei valia também para os homens, mas... não muito. No século XX, a humilhação começou a perder força e acabou virando comédia. Foi só no século passado que o conceito de infidelidade começou a valer para homens e mulheres. E virou comédia. Muitos filmes e peças teatrais foram lançados. O mais famoso foi o com Marilyn Monroe, "A coceira dos sete anos", filme lançado no Brasil com o título "O pecado mora ao lado", quando a infidelidade passou a ser chamada popularmente de "coceira".

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