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Em Pauta

Arte de vender merda. A terapia inventada agradou o mundo

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 08/01/2024 07:49
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

O filme mais badalado do momento na Europa é "Uma terapia de merda". Relata a história real de um método inventado por dois amigos biólogos, que levou milhões de pessoas a nela acreditar e outros milhões de estudantes a se debruçarem nos livros. A primeira imagem que aparece na tela é um letreiro dizendo: "Baseado em fatos reais". É importante. De fato, é o mais importante.


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Uma terapia para vender merda.

Depois do letreiro, aparecem os jovens Fernando Cervera e Mariano Collantes que explicam que começaram a promover a terapia com fezes. Era apenas uma piada. Mas muitos nela acreditaram. Assim começa o curta documental "Uma terapia de merda". Tem uma mensagem muito clara: "quando deixas de crer na ciência, acaba acreditando em qualquer merda".


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A merda faz sucesso.

Eles contam que inventaram dois médicos que seriam os responsáveis pela divulgação da merda. Só pretendiam dar muitas risadas. Mas muitos não só acreditaram, mas queriam saber onde comprar suas merdas. Pediram comprimidos de merda, pílulas, inaladores.... Pediram que escrevessem prólogos de livros. Foram convidados para congressos de todos os tipos e lugares. E chegaram a fazer palestras onde discorreram que essa terapia era ancestral. Tinha sido criada por índios argentinos que espalhavam merda no corpo todo para curar muitas doenças. Tudo inventado pela dupla.


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Um vírus, um pinguim e um globo terrestre.

Em dado momento, aparece no filme três personagens. Um usa uma cabeça de vírus, é o antivacina. Outro é um pinguim, um negacionista das mudanças climáticas. O terceiro, tem um globo terrestre amassado, preso no pescoço, é um terraplanista. O antivacina bebe água sanitária, o pinguim recebe um "murro de calor", o terraplanista se explode em seu foguete. Todos morrem. E os autores perguntam: "como há pessoas que creem nessas merdas?"


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Violência doméstica os fez parar.

Os autores contam que passaram a crer que estavam fazendo um experimento sociológico importante. Até o dia em que uma mulher lhes escreveu pedindo para comprar as pílulas de merda para combater a violência do marido. Perceberam que tinham ultrapassado os limites e passaram a contar que a terapia de merda era apenas uma piada.

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