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Em Pauta

Butantan paralisa CoronaVac. Teremos a segunda dose?

Mário Sérgio Lorenzetto | 09/04/2021 06:22
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

A notícia caiu como uma bomba para 103 mil campo-grandenses que esperam - ansiosamente - tomar a segunda dose da CoronaVac. Os dirigentes do Butantan, imediatamente, procuraram acalmar a população dizendo que a próxima remessa de IFA está pronta na China, restando apenas alguns detalhes burocráticos para a viagem do insumo ao Brasil. Mas uma notícia do Estadão, de três dias anteriores, previa o atraso na remessa de IFA. E o motivo seria preocupante: a China poderá interromper a remessa do imunizante por estar iniciando a vacinação de 10 milhões de pessoas por dia e "só" dispõe de 5 milhões de doses. Tal como os EUA, a Europa e a Índia, a China poderá proibir a exportação de suas três vacinas.


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Para onde vai a primeira dose da vacina.

Quando você toma uma vacina pela primeira vez, ocorre algo semelhante de quando seu organismo contrai a infecção legítima. Aquele ser estranho, que é a vacina, é drenado para os gânglios linfáticos. Essas estruturas existem por todo o corpo, mas geralmente o material vai parar nos gânglios que estiverem mais próximos. No caso da vacina, que é dada no braço, irá para os gânglios concentrados nas axilas.


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O primeiro " quebra-pau" da vacina contra as células de defesa.

Nos gânglios, ocorrerá o primeiro enfrentamento do vírus, transformado em vacina, contra as células de defesa - linfócitos B e T. O problema é que essas células de defesa, geralmente, não são muito fortes e nem tão numerosos. Mais do que isso, depois de um tempo, não muito longo, essas células de defesa começam a morrer e irão desaparecer por completo se não tiverem o apoio da segunda dose da vacina.


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E entra em cena a "espetacular" segunda dose.

Quando os linfócitos B e T estão em franca derrocada,  vem a bendita segunda dose da vacina. Ela agita. Provoca uma especie de conversa com as células de defesa por meio de moléculas. Esses sinais moleculares fazem os linfócitos se expandirem uma segunda vez. E aí, eles se diferenciam tanto que equivalem a uma célula-tronco, prontas em se transformarem em especialistas em nos defender contra o coronavírus. Sem a segunda dose, é como se você não tivesse tomado vacina.

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