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Em Pauta

Eles não usam concreto e nem arco romano em nossas pontes

Mário Sérgio Lorenzetto | 03/02/2023 07:30
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Há mais de dois mil anos, os romanos construíram 330 pontes e 54 aquedutos usando concreto e uma nova criação de sua ousada arquitetura: os arcos. Abandonavam definitivamente pontes lineares de madeira. Era jogar dinheiro no lixo. Frágeis, não suportavam a tensão de pesos e tinham poucos anos de vida útil. Os romanos desenvolveram vários tipos de pontes em arcos, desde as mais tradicionais, com pilares somente nas extremidades, até as mais complexas, com inúmeros andares de arcos, como a Ponte do Gard, na França, uma das inúmeras que estão em pé e sendo usadas até nossos dias. Uma delas, localizada na Espanha, trás a inscrição: "feita para ser eterna", e eternizada está.


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"Quanto tempo leva para o concreto secar?"

Já ouvi essa interrogação dezenas de vezes. O concreto não seca. Ao contrário, a água é um ingrediente do concreto. E mais, apesar de ter muita água dentro de si, não apenas é seco, mas também é à prova de água. Uma engenhosa peça de química. Os romanos não inventaram o concreto, descobriram esse material que construiu seu império.


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Pozzuoli, o concreto de Nápoles.

Os romanos encontraram cimento já feito pela natureza em um lugar chamado Pozzuoli, nos arredores de Nápoles. Pozzuoli fede - literalmente. Tirou seu nome do latim "putere", feder. O cheiro vem do enxofre das areias vulcânicas próximas. Tudo que eles tinham de fazer era aguentar o cheiro e minerar o pó de rocha acumulado por milhões de anos. Esse cimento natural é um pouco diferente do cimento moderno, denominado "Portland", por exigir a adição de cal. Mas depois de pronto, tinham em suas mãos, pela primeira vez na história, um material fundamentalmente único. Mas faltava ainda torná-lo impossível de ser quebrado, de não ter rachaduras mínimas.


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O jardim do cimento armado.

O concreto foi esquecido após a Queda do Império Romano. A Idade Média não usou concreto. Mas quando voltou, foi com força total. Um jardineiro francês, Joseph Monier, queria fazer seus próprios vasos para plantas. Na época, 1.867, eles eram feitos de barro cozido na Europa, o que significa que eram frágeis, especialmente se alguém quisesse vasos grandes. A ideia do francês foi a de usar vasos de concreto. E foi além. Adicionou pequenos pedaços de ferro dentro do concreto. Estava criado o concreto armado. Mas, afinal, ainda constroem pontes lineares de madeira por ignorância ou esperteza? Ponte também pode virar ouro....

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