Lança-perfume foi símbolo do Carnaval e teve livre-comércio
O carnaval ganhou características bem brasileiras quando aterrissou em terras tupiniquins. O samba logo venceu as demais musicas concorrentes, a cerveja passou a ser a companheira predileta dos foliões e, em especial, viu um entorpecente virar o símbolo carnavalesco. Esse entorpecente, de origem argentina, recebeu o nome de lança-perfume.
Em frascos dourados e esguichado entre os foliões.
De início o lança-perfume era embalado exclusivamente em frascos dourados, uma cor típica do carnaval. Chegou ao Brasil em 1.906 e era uma droga cara, usada apenas pela elite carioca. Era uma droga perfumada com odores agradáveis ao olfato humano para ganhar novos adeptos e até mesmo chegou a ser esguichado entre os carnavalescos. Vem daí o nome brasileiro de "lança-perfume ".
Proibido por Janio Quadros.
O composto é feito com éter, clorofórmio, cloreto de etila e essências perfumadas. Na primeira versão só tinha éter e aromatizante, menos nocivo para o uso humano. Em 1.961, Janio Quadros, então presidente do Brasil, fez um decreto para proibir a fabricação, distribuição e consumo do lança-perfume. Todavia, como sempre ocorre com tudo que é proibido, o lança-perfume vem sendo largamente usado em todas as festas nacionais, travestido com novo nome, passou a ser denominado "loló".