Matemática boa pra cachorro: seu cão, o gênio
Mário Sérgio Lorenzetto | 08/12/2022 09:15
Pense no seguinte cenário: você está na sala de aula, sentado na mesma posição há duas horas. Tudo que sai da boca do professor soa como grego para teus ouvidos. Nada parece fazer sentido: triângulos, ângulos retos, consoantes em circunflexo, cálculos de diagonal.... E se eu te contasse que você, de certa forma, já conhece essa matéria? Você pode não acreditar, mas ela já está em teu cérebro, não tão bem codificado por símbolos. Digo mais: sabe quem saca de cálculo? Teu cachorro.
Cachorro, o gênio.
Pode não parecer, mas o cachorro revela ser uma criatura genial quando você finge que joga uma bolinha e ele sai correndo empolgadão para buscá-la. Foi o que descobriu Tim Pennigs, um professor da universidade de Michigan, nos EUA. Quando saiu para passear com Elvis, seu cãozinho alegre, percebeu que o animal se comportava de uma maneira estranha. Se a bolinha fosse arremessada verticalmente, Elvis seguia a mesma trajetória do objeto e mergulhava para apanhá-la, sempre corretamente. Tinha um gênio em casa?
Pode não parecer, mas o cachorro revela ser uma criatura genial quando você finge que joga uma bolinha e ele sai correndo empolgadão para buscá-la. Foi o que descobriu Tim Pennigs, um professor da universidade de Michigan, nos EUA. Quando saiu para passear com Elvis, seu cãozinho alegre, percebeu que o animal se comportava de uma maneira estranha. Se a bolinha fosse arremessada verticalmente, Elvis seguia a mesma trajetória do objeto e mergulhava para apanhá-la, sempre corretamente. Tinha um gênio em casa?
Na diagonal não dá.
O professor logo entendeu que, por outro lado, quando jogava a bolinha na diagonal, o cachorro não acompanhava o percurso. Elvis sempre corria em linha reta, não fazia diagonais. Se você tem um cachorrinho pode fazer o teste para comprovar. Mas o que a corrida do cachorro tem a ver com matemática? Sendo um matemático, Tim percebeu que o trajeto que o Elvis fazia era similar a um problema de cálculo de diferencial que ele ensinava na universidade. E Elvis sempre acertava, ao contrário de muitos alunos cabeçudos.
O professor logo entendeu que, por outro lado, quando jogava a bolinha na diagonal, o cachorro não acompanhava o percurso. Elvis sempre corria em linha reta, não fazia diagonais. Se você tem um cachorrinho pode fazer o teste para comprovar. Mas o que a corrida do cachorro tem a ver com matemática? Sendo um matemático, Tim percebeu que o trajeto que o Elvis fazia era similar a um problema de cálculo de diferencial que ele ensinava na universidade. E Elvis sempre acertava, ao contrário de muitos alunos cabeçudos.
A evolução nos ensinou matemática.
O que Tim concluiu é que, por meio da evolução das espécies, os cachorrinhos (e outros animais, inclusive os humanos) desenvolveram a habilidade de avaliação inata, já que o melhor predador tem maior vantagem sobre os demais. Vantagem é igual inteligência. E o melhor predador é aquele que encontra a presa (ou a bolinha) mais depressa. Você sabe matemática, basta estudar um pouquinho.
O que Tim concluiu é que, por meio da evolução das espécies, os cachorrinhos (e outros animais, inclusive os humanos) desenvolveram a habilidade de avaliação inata, já que o melhor predador tem maior vantagem sobre os demais. Vantagem é igual inteligência. E o melhor predador é aquele que encontra a presa (ou a bolinha) mais depressa. Você sabe matemática, basta estudar um pouquinho.