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Em Pauta

O pasto que sequestra carbono, o fim da demonização do Agro

Mário Sérgio Lorenzetto | 16/11/2022 07:00
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

No mundo ocidental o debate é agudo: a pecuária emite muito carbono, é uma atividade contrária aos anseios ambientalistas. Essa demonização dos produtores rurais está prestes a findar. Os cientistas da Alianza de Biobersity International,  em conjunto com o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), também com a Universidade de Sttutgart, da Alemanha e com financiamento do Banco Mundial, descobriram um sistema de sequestro de carbono que, nos últimos cinco anos, enterrou mais gases contaminantes do que as cabeças de gado emitem. O segredo está no pasto. E ele não é desconhecido no Brasil. E ainda tem um forte aliado: o gado nelore é o mais indicado para a melhora ambiental.


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A diferença está na profundidade alcançada.

Todos os pastos enterram carbono que absorvem da superfície, mas a profundidade modifica tudo. As raízes de outros capins alcançam em torno de 30 centímetros e, nessa camada de terra, existe uma enorme quantidade de micro-organismos que se alimentam desse carbono e o devolvem à atmosfera. Todavia, as raízes do capim "Urochloa humidicola", também conhecido como "Brachiara umidicola", alcança mais de um metro e meio de profundidade. Nessa profundidade, retém 15% a mais desses gases durante duas décadas. Equivale a uma melhora de 100% na eficiência de captação de CO2.


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17 de quilos de carbono sequestrados.

Nos cinco anos de testes, desde 2.017, com a dupla Brachiara umidicola e gado nelore, o CIAT garante que conseguiu para cada quilo de carne produzida há uma marca negativa de carbono de 17 quilos de CO2 equivalente.


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Parcelas de fazendas vendidas como se fossem apartamentos.

Há uma nova forma de adquirir esse tipo de fazenda ambientalmente sustentáveis. Começam a vendê-las como se fossem apartamentos. Adquiriram quase 9 mil hectares, realizaram as mudanças de pasto e gado, e passaram a vender parcelas de 1.000 hectares a investidores internacionais. Para a Nature Conservancy, uma entidade independente desse projeto, "é completamente viável produzir carne sustentável". Também afirma que esse é um projeto viável, mas requer investimento elevado. E, por fim, diz: "é importante deixar de satanizar o setor" buscando alternativas viáveis que comunguem pecuária com sustentabilidade.

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