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Em Pauta

O terceiro turno das eleições na quarta-feira e terá continuidade

Mário Sérgio Lorenzetto | 29/01/2023 10:04
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
A próxima quarta-feira, 1 de fevereiro, definirá muito da política brasileira nos próximos dois anos. Como sempre, poucos estão acompanhando o evento de perto. Nesse dia, deputados e senadores ocuparão suas cadeiras suntuosas de couro e votarão, prioritariamente em Lira e Pacheco. Lira está reeleito desde o fim do primeiro turno. Pacheco está tendo mais dificuldades, mas tudo indica que também se reelegerá.


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O Congresso votará as pautas prioritárias petistas e não teremos impeachment.

Lira, o deputado amigo de Bolsonaro, pulou definitivamente para o lado vermelho da Câmara de Deputados. Por lá, impeachment continua sendo palavrão. O petismo será ainda mais forte no Senado. É possível prever que as pautas impulsionadas por Lula e pelo PT serão consideradas e iniciarão os trâmites com força. Veremos os plenários da Câmara e do Senado votarem a reforma tributária, a criação de uma âncora fiscal, mudanças nas leis trabalhistas e a flexibilização do aborto.


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As benesses de Lira.

Além de arregimentar o apoio dos grandes partidos, nas últimas semanas, Lira garantiu benesses como o aumento do valor máximo do auxílio-moradia que cada parlamentar poderá utilizar em 2023 e ajustes na distribuição de cargos de liderança. Além dos R$ 4,2 mil que gastavam nas despesas de aluguel, Lira acrescentou R$ 4,1 mil no chamado "cotão" de benefícios para cada deputado. Chega a R$ 51,4 mil ao mês para cada deputado. Ainda que de pouco peso, partidos nanicos como PTB, Novo e Solidariedade, receberam a garantia de que terão dez cargos a mais de livre nomeação. Os grandes receberam ainda mais cargos. O PL, por exemplo, por ser o maior, emplacará cerca de 220 servidores. Se tudo isso não fosse suficiente, Lira tem dois "adversários" que só podem garantir o próprio voto. São tão inexpressivos que muitos parlamentares dizem que o próprio Lira os lançou. Dois "radicais": Luiz Felipe de Orleans (PL) e Chico Alencar (PSOL) são os adversários dos sonhos de qualquer candidato.


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Negociação mais restrita no Senado.

No Senado, a cota de negociação de Pacheco é bem mais restrita que a de Lira. O atual presidente conta com a totalidade dos votos dos grandes partidos, menos os do PL. Seu adversário também não é um "frango morto". Rogerio Marinho é senador bem aceito por seus futuros pares. Sabe fazer política. A estratégia da turma de Pacheco é colar a imagem do senador bolsonarista ao vandalismo de 8/1. Pacheco acena com a criação de uma "Comissão do Futuro". Discutirá projetos que dificultem atos como o do 8/1 e dará visibilidade a quem dela participar. Marinho parte com os votos do PL, PP e Republicanos. Uma largada de 27 votos para Marinho e 45 para Pacheco. É diferença grande, mas não impossível. Há uma jogada que é preciso estar atento. O Senador Eduardo Girão, do Podemos cearense, entrou na pista. De quem roubará alguns votinhos? Cheira a manobra de Pacheco.


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Lula ajudará a oposição.

O que poderá ajudar a oposição a Lula é, paradoxalmente, o próprio Lula. Tem resgatado o PT mais arcaico e enferrujado. Dilma, de acordo com Lula, não sofreu impeachment, mas um golpe de Estado. Não dá  para acreditar, mas Lula diz que o governo Dilma foi "auspicioso" na economia, apesar de jogar o país em uma de suas piores crises da história. Lula ainda diz que tratará Cuba e Venezuela com "carinho". Tudo indica que colocará dinheiro do BNDES nessas ditaduras sanguinolentas. São absurdos que não são bem digeridos nem por pessoas de esquerda. Lula não aprendeu nada. Comete os mesmos erros do passado.
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