Os primeiros banquetes chegaram a reunir quase 70.000 pessoas
É na Mesopotâmia - a região entre os atuais Iraque, Irã e Turquia - que começa a se encontrar escritos sobre a importância que os homens concedem à alimento comida em comum. Essas refeições, bem mais tarde, serão chamadas de "banquetes", referência ao banco em que se sentavam os convidados. Esses banquetes foram fundamentais à organização social, ao bom convívio entre os habitantes das cidades.
Os primeiros banquetes eram servidos a estátuas.
Os primeiros banquetes são inicialmente servidos às estátuas de uma divindade principal e para os responsáveis pelo templo. Três mil anos antes de Cristo, na Suméria, quatro refeições são servidas cotidianamente aos deuses: uma refeição farta e outra modesta pela manhã; uma refeição farta e outra modesta à noite.
Comilanças impressionantes.
Também organizam banquetes entre humanos. Celebram a construção de um palácio, de um templo, ou ainda agradecer àqueles que trabalham para seu bem-estar. Nesses banquetes, as cozinhas devem ser gigantescas. São dirigidas por homens. Os convidados sentam-se em bancos ou no chão. Somente aqueles que o rei deseja honrar senta-se em cadeira. O banquete é animado. Há músicos, malabaristas e saltimbancos. No atual Iraque, no século IX a.C, o rei Assurnasipal II realiza um banquete, para festejar o fim das obras do palácio, durante dez dias. A cada dia de festa havia pelo menos 70.000 pessoas. Consumiram 14 mil carneiros, mil bois, mil cordeiros, 20 mil pombos, 10 mil ovos e 10 mil gerbos (um esquilo). De modo geral, os mesopotâmicos organizam muitos banquetes. Casamento, venda de um imóvel, aluguel de um barco.... o costume é preservado até os dias atuais.