Por que os canônicos não falam sobre o nascimento de Jesus?
Mário Sérgio Lorenzetto | 25/12/2022 07:00
As personagens do Natal, como o Menino Jesus, a Virgem Maria, o quase escondido José e todas as pessoas, reais, míticas ou simbólicas que o rodeiam reaparecem nesta época do ano. Também ressurgem os Reis Magos, o tirano Herodes, além de episódios como a fuga para o Egito e o massacre de crianças. Mas quase nada sabemos sobre tudo isso, nem mesmo a data correta de nascimento de Jesus. É, no mínimo, curioso que continue sendo um mistério as origens de um personagem que tem importância mundial e está presente em nossas vidas há séculos.
Só estão presentes nos evangelhos apócrifos.
Enquanto os quatro evangelhos - chamados canônicos - , considerados verdadeiros pela igreja, abundam em detalhes sobre a paixão e morte de Jesus, só dois deles - Mateus e Lucas - falam rapidamente sobre seu nascimento, mas ignorando toda sua infância. A origem da tradição popular sobre o nascimento de Cristo, começando pelos nomes do três Reis Magos - que nem sequer eram reis - Gaspar, Baltasar e Melquior, assim como as peripécias da concepção, se conhece só pelos evangelhos apócrifos, quer dizer, os descartados pela igreja, que os considera falsos ou fantasiosos.
Enquanto os quatro evangelhos - chamados canônicos - , considerados verdadeiros pela igreja, abundam em detalhes sobre a paixão e morte de Jesus, só dois deles - Mateus e Lucas - falam rapidamente sobre seu nascimento, mas ignorando toda sua infância. A origem da tradição popular sobre o nascimento de Cristo, começando pelos nomes do três Reis Magos - que nem sequer eram reis - Gaspar, Baltasar e Melquior, assim como as peripécias da concepção, se conhece só pelos evangelhos apócrifos, quer dizer, os descartados pela igreja, que os considera falsos ou fantasiosos.
Nem vacas e nem asnos. Não existe "Jesus de Belém ".
O Papa Bento XVI, o teólogo alemão com fama de conservador Joseph Ratizinger, afirmou em 2013, que seguramente no presépio onde nasceu nasceu Jesus, não havia vacas e nem asnos. Também há a questão no nome do filho de Maria. No tempo de Jesus, as pessoas eram chamadas pelo nome do pai ou do local de nascimento. A regra dita que Cristo poderia ser chamado de "Jesus de José ". Essa hipótese não existe em nenhum escrito, seja canônico ou apócrifo. Em todos, sem exceção, só aparece "Jesus de Nazaré ". Nenhum trás "Jesus de Belém". isso é um dos raros consensos entre todas as dezenas de evangelhos. Maria deu a luz em Nazaré.
O Papa Bento XVI, o teólogo alemão com fama de conservador Joseph Ratizinger, afirmou em 2013, que seguramente no presépio onde nasceu nasceu Jesus, não havia vacas e nem asnos. Também há a questão no nome do filho de Maria. No tempo de Jesus, as pessoas eram chamadas pelo nome do pai ou do local de nascimento. A regra dita que Cristo poderia ser chamado de "Jesus de José ". Essa hipótese não existe em nenhum escrito, seja canônico ou apócrifo. Em todos, sem exceção, só aparece "Jesus de Nazaré ". Nenhum trás "Jesus de Belém". isso é um dos raros consensos entre todas as dezenas de evangelhos. Maria deu a luz em Nazaré.
Uma mensagem nova de amor, de acolhimento.
Nestes tempos de consumismo desenfreado e pagão é fundamental recordar que aquele menino que chegava ao mundo, trazia uma nova mensagem de amor, de simplicidade, de acolhimento de todos os desprezados pelo poder. Também do calor familiar, simbolizado no que lhe ofereciam em um lugar extremamente humilde. Que tudo fosse lenda, pouco importa. A importância do Natal está na força de seu simbolismo e no imperativo de felicidade de estarmos juntos, amando-nos.
Nestes tempos de consumismo desenfreado e pagão é fundamental recordar que aquele menino que chegava ao mundo, trazia uma nova mensagem de amor, de simplicidade, de acolhimento de todos os desprezados pelo poder. Também do calor familiar, simbolizado no que lhe ofereciam em um lugar extremamente humilde. Que tudo fosse lenda, pouco importa. A importância do Natal está na força de seu simbolismo e no imperativo de felicidade de estarmos juntos, amando-nos.