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Em Pauta

Proclamação da República: ninguém defendeu a monarquia

Mário Sérgio Lorenzetto | 14/11/2022 08:45
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

É célebre a frase: "o povo assistiu bestializado à proclamação da república". Ela foi registrada três dias depois, em 18 de novembro de 1.889 pelo jornalista republicano Aristides Lobo. Também disse que "muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada". Outros não sabiam sequer o significado de "república". Não há dúvida alguma, foi surpreendente.


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A ideia republicana era antiga.

Os ideais republicanos, todavia, estavam presentes em solo brasileiro, antes mesmo da independência. A Inconfidência Mineira, de 1.789, e a Revolução Pernambucana, de 1.817, defendiam uma república como a existente nos Estados Unidos. Não era forte, mas a ideia de uma república esteve presente na época de extremas conflagrações que redundaram na independência.


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Um imperador abúlico e fatalista.

A total falta de resistência é de exclusiva responsabilidade de Pedro II. No dia da proclamação, estava em Petrópolis e nada fez, não moveu um dedo sequer para defender sua venerada, truculenta e sádica monarquia. Muitos estudiosos aventam a possibilidade de ele chamar seu amigo Deodoro da Fonseca - o líder da insurreição - e mandar cessar o movimento republicano, talvez até dissolvê-lo à força. Mas Pedro II optou pela aceitação da Republica. Afirmou: "se for assim, será minha aposentadoria. Irei então descansar". Dois dias depois, partiu com sua família  para o exílio na Europa. E foi embora, como se nunca tivesse estado no Brasil. Não deixou saudades e nem adeptos. Os movimentos monarquistas ressurgiriam só depois de sete anos da partida do imperador.

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