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Em Pauta

Qual será a proteína do futuro? Será sustentável e deliciosa?

Mário Sérgio Lorenzetto | 18/06/2023 09:00
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Nos últimos anos, os meios de comunicação tem insistido na necessidade de que as pessoas comam menos carne - tanto para beneficiar sua própria saúde como melhorar o meio ambiente. Parece uma mensagem simples. Mas a melhor solução para uma dieta perfeita é mais complicada do que pode parecer à primeira vista. A carne e o leite contém importantes fatores nutricionais, e muitos consumidores não suportam nem pensar em deles desistir por serem deliciosos.


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As vantagens da carne, do leite e dos ovos.

A carne é uma excelente fonte de proteínas, que proporciona uma gama completa de todos os aminoácidos essenciais que as pessoas necessitam. As carnes vermelhas aportam ferro e vitamina B12 para proteger contra a anemia. As proteínas do ovo aportam aminoácidos antioxidantes, que ajudam a combater todo tipo de doenças, como as enfermidades vasculares, o câncer e o Alzheimer. Já o leite de vaca ajuda no crescimento das crianças e na densidade óssea dos adultos. As crianças que só usam leites vegetais costumam ter cálculos renais e carências nutricionais.


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Hambúrguer vegetal e flexitarianismo.

Com o fim de satisfazer o desejo de carne da população, equilibrar as necessidades dietéticas e reduzir os problemas ambientais, estão aparecendo no mercado fontes de proteína alternativas que pretendem imitar a textura da carne: são os hambúrguer feitos com vegetais como ervilha, arroz, grão-de-bico e tantos outros. Vem, gradativamente, ganhando espaço, mas estão muito distantes de disputar mercados com a carne de vaca. O outro movimento crescente é o "flexitarianismo", uma opção em que as pessoas continuam comendo carne, mas em muito menor quantidade. Mas ainda são incipientes. Em 2020, o mercado mundial de carne vegetal era de duas centenas de milhões de dólares, frente ao mercado de carne de vaca que vale mais de um bilhão de dólares.


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E o futuro?

Não resta dúvida que as proteínas vegetais utilizam menos terra, mas, em contrapartida, necessitam de muito aço para suas máquinas, água e energia. Já os hambúrgueres vegetais, necessitam de muita soja e essa semente tem um sabor amargo, insuportável para a imensa maioria das populações. Os químicos estão criando bloqueadores do sabor da soja, mas ainda não estão no mercado. O grupo Bühler, uma grande empresa suíça de equipamentos para processar alimentos, acaba de anunciar objetivos agressivos para reduzir à metade o consumo de energia das máquinas que fabrica e evitar todo e qualquer desperdício de alimentos. Em suma: a humanidade ainda engatinha para conseguir uma proteína competitiva que seja sustentável, deliciosa e nutritiva.
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