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Em Pauta

Quem conta a história? Roubaram os pés de Manoel de Barros

Mário Sérgio Lorenzetto | 27/08/2023 11:31
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Uma recente pesquisa histórica mostrou algo surpreendente, quem conta a história de nossos ídolos e heróis são as viúvas, o inverso não é verdadeiro, os viúvos não preservam os feitos de suas esposas falecidas. Também há uma constatação nada edificante neste país: as estátuas são frequentemente roubadas ou ninguém lê as placas que contam a importância das pessoas ali representadas. E ainda há uma consideração a ser feita especificamente sobre a história de Campo Grande: seus fundadores não são devidamente enaltecidos.


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Uma cidade que só lembra de seus fundadores nos 26 de agosto.

Um dos descendentes de José Antônio Pereira, ex-deputado Cícero de Souza, vê com consternação que o homem que criou Campo Grande não é devidamente enaltecido. Com o mesmo sentimento, os descendentes de Tia Eva entendem que essa importante mulher na época da fundação da cidade, raramente é mencionada. Campo Grande não sabe reconhecer a importância de seus fundadores. Mas como preservar essas memórias, como agradecer nossos heróis por seus feitos? O ex-deputado fala em dar o nome de José Antônio Pereira a algum hospital, estádio....algum edifício público. É quase nada. A história deve ser viva, contada às crianças e jovens em cada escola. Talvez em dias especiais. As escolas fazem festas esdrúxulas, comemoram dia das bruxas, mas nada fazem para contar a importância de José Antônio Pereira e de Tia Eva.


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Peças teatrais e museus infantis.

Quem conhece o Museu José Antônio Pereira? Duvido que 1% da população tenha sequer ouvido falar de sua existência. É um conceito totalmente equivocado, obsoleto. Um museu que preserve tudo que J.A.Pereira e Tia Eva fizeram, deve estar no centro da cidade e ser vivo. Há muitos exemplos de museus vivos no mundo. São dedicados às crianças e jovens. Os visitantes não ficam apenas admirando as representações, delas participam efetivamente. Brincam, como se fossem crianças daqueles tempos. Cantam, como as crianças e jovens da época fundacional. Andam nos carros de boi. Jogam os mesmo jogos de 1.899. Plantam ipês. Durante um dia do ano, se travestem de crianças e jovens do passado remoto. São verdadeiras peças teatrais em formato de museu. Um dia que nunca esquecerão. São as crianças e jovens que contam a história.

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