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Em Pauta

Sem essa de herói, Cabral ganhou R$ 5 milhões na viagem

Mário Sérgio Lorenzetto | 21/11/2022 08:00
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Os livros oficiais não cansam de contar o "feito heroico" de Pedro Álvares Cabral ao chegar no Brasil. Essa história é no mínimo manca. Ele não buscava terras e nem lauréis, homenagens e louvores, queria dinheiro. Mas essa história não começa com o Pedro. O início foi com um investidor. Bartolomeo Marchionni tinha uma fortuna de R$ 500 milhões em dinheiro de hoje, e mantinha uma carteira de investimentos bem diversificada. Esse florentino, radicado em Lisboa, além de ser dono de um banco, traficava ouro, marfim e escravos da África.


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Um negócio arriscado.

Depois de consolidar sua fortuna, Marchionni resolveu entrar em um negócio bem arriscado: virou o maior financiador da expedição de Pedro Álvares Cabral para a Índia. Você passou a infância lendo e ouvindo só um pedaço dessa viagem. Antes de ir para a Ásia, a frota fez uma escala de duas semanas no lugar onde hoje fica Porto Seguro, na Bahia. Mas não ficaria só nisso. No caminho entre o litoral baiano e a Índia encontraria outra terra nova para os europeus: Madagascar.


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Uma megacorporação.

Bem, mais que uma expedição, aquilo era uma megacorporação. Cabral, era o equivalente a um jovem CEO atual, tinha apenas 33 anos. O pagamento acertado com Marchionni foi de inacreditáveis R$ 5 milhões pela viagem. Seus diretores, os capitães dos outros doze navios, ganharam R$ 40 mil por mês. E cada um dos 1.200 marinheiros embolsou R$ 5 mil por mês. Mais uma vez, não se equivoquem, aquilo era uma grande empresa destinada ao lucro... e nada mais. O negócio era o mais rentável até então: levar especiarias da Ásia para a Europa. Era um negócio mais lucrativo que o petróleo de nossos dias. Chegava a dar 700% de lucro.


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Dos 13 navios retornaram sete.

Dos 13 navios que partiram de Portugal só voltaram sete. E a metade dos homens. Mesmo assim, carregaram setecentas toneladas de especiarias, a maior parte de pimenta-do-reino. Foi o bastante para a expedição dar enorme lucro. Bartolomeo Marchionni escreveu a seus amigos de Florença que a expedição tinha sido um enorme sucesso.

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