Transplante de plasma de curados, nova esperança
Uma antiga estratégia, adotada na pandemia da gripe espanhola de 1918, está sendo testada nos Estados Unidos, na China e na Espanha. Esse método, no passado, salvou a vida de milhões de pessoas, reduziu a letalidade da doença pela metade. A ideia é bem simples, faz a transfusão direta do plasma de pessoas que se recuperaram da infecção. Hoje, é a procura do "plasma hiperimune"
Limpeza do plasma com azul de metileno.
Os testes que estão sendo realizados realizam a limpeza do plasma de curados da epidemia usando o azul de metileno - um corante e indicador - que tem grande afinidade com o código genético do novo coronavírus. Quando o azul de metileno é iluminado, desata uma cascata de reações que destroem o vírus.
A dificuldade a ser suplantada.
A organização responsável pela liberação de medicamentos dos EUA (FDA), todavia, afirma que os testes terão de ser conclusivos. "Ainda que seja uma promessa, o plasma de pessoas recuperadas ainda não demonstrou ser efetivo em todas as enfermidades estudadas", anota a instituição norte americana. A resposta da empresa responsável pelos testes no Ocidente diz respeito ao tempo do uso do plasma: "Quando se recorre ao plasma de pessoas convalescentes, normalmente usam demasiadamente tarde". Também afirma que acreditam no método porque, desta vez, não será usado desesperadamente, como foi na gripe espanhola, no tratamento da SARS e do ebola. Argumentam que em poucas semanas terão finalizado os testes sem pressa alguma.