US$ 50 milhões por um relógio. Como os bilionários dilapidam dinheiro
Na Roma antiga, o luxo estava associado com as túnicas tingidas da cor púrpura e com o consumo regular de peixe fresco. No Egito dos faraós, com ovos de avestruz e perfumes de açafrão e canela. Na Londres medieval, com pimenta, roupas de veludo e consumo de limões. Na N.York de 1.920, com casacos de pele e carros sem capota. O luxo foi democratizado, discutem os sociólogos? A resposta é: nunca! Mas, onde os bilionários gastam dinheiro? Você já viu algum?
Três dias em Singapura.
Mônaco e Singapura recebem as provas de fórmula-1 e muitos bilionários, anualmente. São corridas tidas como o encontro anual dessa diminuta casta. Quem é bilionário tem delas participar. Quanto gasta um membro dessa elite em um fim de semana em uma dessas cidades? A suíte do hotel Ritz custa 13 mil euros por uma noite, com direito a acesso ilimitado ao circuito. Menos no "paddock" das equipes. Para entrar nessas oficinas ultra exclusivas, pagam 10.800 euros. Mesa para dois no "Zen", o restaurante mais caro de Singapura? Custa 1.600 euros. Entrar em um dos clubes da Marina de Singapura são mais 1.200 euros por pessoa. Bandeja de ostra, caviar premium, champanhe "Perrier Jouët" e vodka Belvedere? Esse combo custa 45.000 euros. Mas há uma alternativa raríssima. Para entrar no restaurante "Le Noir", onde vão os pilotos de fórmula -1, o ingresso custa 70.000 euros.
Onde vivem os bilionários.
Os modernos faraós do Egito são poucos. Apenas 3.311 pessoas podem ostentar o padrão de vida descrito acima. Quem garante é o censo "Wealth-X", que estuda a riqueza extrema. A distribuição geográfica desses super-ricos, até o ano passado era: 138 em N.York, 85 em S.Francisco, 59 em Los Angeles, 77 em Londres, 33 em Paris, 114 em Hong Kong, 77 em Moscou, 63 em Pequim, 44 em Shenzen, 38 em Dubai, 33 em São Paulo, 40 em Mumbai e 50 em Singapura. Eles andam com relógios que custam mais de US$ 50 milhões. Tem iates com chapas de ouro. Usam o celular iPhone Falcom Supernova 6 Pink Diamond que custa 48 milhões de euros. Dormem em camas como a Baldachino Supreme que sai por 6,5 milhões de euros. E comem um nhoque azul que custa 4.400 euros. Essa é a verdadeira "Dolce Vita".