Yule, o festival viking com sacrifícios que originou o Natal
É pouco conhecido, mas a violenta celebração viking, denominada "Yule", influenciou decisivamente as comemorações modernas do Natal. Na Europa pré-cristã, vikings e tribos germânicas, comemoravam o solstício de inverno na data atual do Natal. Era uma festa com muita música, comida, bebidas, danças.... e sacrifícios.
Reverência a Odin.
No Yule, os vikings reverenciavam seus deuses. O mais importante era Odin. Acreditavam que o período que antecedia o festival era regado de atividades sobrenaturais. Para apaziguar esses espíritos inquietos e satisfazer o desejo dos deuses, realizavam sacrifícios de animais e, talvez, de humanos.
Celebravam as árvores.
Em comunhão com a natureza (até hoje, os eslavos são a ponta de lança do movimento ambientalista), a crença viking incluía a reverência às árvores. Uma imensa fogueira era acesa para garantir calor na noite mais longa do ano e todas as casas eram decoradas com pinheiros. Também recebiam como elementos decorativos muitas fitas, comidas e pequenas estátuas. Estava criada a árvore natalina.
Nascimento do Yule: virilidade e fertilidade.
Acredita-se que o Yule tenha surgido com o sacrifício de javalis. Era uma oferta a "Freyr", o deus da virilidade e a sua Irmã gêmea "Freyja", deusa da fertilidade. Sabe-se que durante as celebrações jovens se vestiam com exuberantes fantasias, dançavam e cantavam em frente das casas em troca de alimentos e bebidas. Não é difícil enxergar os atuais presentes infantis natalinos em troca de "bom comportamento".
A mutação do Yule para Natal.
A teoria mais aceita é a de que o rei nórdico Haakon decidiu vincular o Yule ao nascimento de Cristo, durante o século X d. C para estimular seu povo a aderir ao cristianismo. Outra tradição que não desapareceu foi a imagem de Odin, transformada em São Nicolau ou Papai Noel.