A solidariedade não é só no Natal e muito menos sazonal
O sentimento de solidariedade frequentemente é iniciado, cultivado e reforçado no ambiente familiar. A família desempenha um papel crucial na formação dos valores e atitudes das crianças. Existem maneiras pelas quais a família contribui efetivamente para a aprendizagem da solidariedade e amor ao próximo. Todos já ouvimos a expressão: a palavra convence, mas o exemplo arrasta". As crianças aprendem por observação. Quando os pais e outros membros da família demonstram comportamentos solidários, como ajudar vizinhos ou participar de atividades comunitárias, os filhos tendem a imitar essas ações.
A comunicação aberta sobre a importância da solidariedade, empatia e respeito pelos outros ajuda as crianças a internalizarem esses valores. Conversas sobre experiências de ajuda ao próximo ou discussões sobre questões sociais podem reforçar esses conceitos. Participar de ações que envolvam doações, voluntariado ou apoio a outras pessoas em necessidade, ensina as crianças a importância de se preocuparem com o bem-estar dos outros. A família pode ajudar as crianças a entenderem e se colocarem no lugar do outro, promovendo a empatia, que é essencial para desenvolver um sentimento de solidariedade. Um lar que valoriza a colaboração, o respeito e a atenção mútua contribui para que as crianças se sintam seguras e incentivadas a desenvolver laços solidários, tanto na família quanto na comunidade. A forma como a família lida com conflitos e desafios, enfatizando a compreensão e o apoio mútuo, também é uma lição importante sobre solidariedade. Sendo assim, a família é uma das influências mais poderosas na formação de cidadãos solidários e empáticos durante toda a vida.
A escola desempenha um papel fundamental na formação de cidadãos solidários contribuindo fortemente com os valores estabelecidos pela família. Por meio de programas que promovam a inteligência emocional, os alunos aprendem a reconhecer e a lidar com suas emoções, desenvolvendo empatia e compreensão pelos outros; é a consolidação da inteligência emocional. A promoção de trabalhos em grupo e projetos comunitários ensina os alunos a trabalharem em equipe, respeitando e valorizando as contribuições de cada membro, o que fomenta o espírito de solidariedade.
Disciplinas que abordam a ética, o respeito às diferenças e os direitos humanos são essenciais para formar cidadãos conscientes de suas responsabilidades sociais. Muitas escolas incentivam ou organizam atividades de voluntariado, permitindo que os alunos se envolvam em causas sociais e compreendam a importância de ajudar os outros. Um ambiente escolar que valoriza a diversidade e promove a inclusão ajuda os alunos a desenvolverem uma mentalidade aberta e solidária, reconhecendo e respeitando as diferenças. A escola é um espaço onde valores como cooperação, respeito, solidariedade e justiça são discutidos e vivenciados, influenciando a formação ética dos jovens. Por intermédio de debates e discussões sobre questões sociais, os alunos aprendem a pensar criticamente e a refletir sobre o papel que podem desempenhar na construção de uma sociedade mais justa. Assim, a escola não é apenas um local de aprendizado acadêmico, mas também um espaço onde se formam cidadãos conscientes, críticos e solidários, preparados para contribuir positivamente para a sociedade.
Portanto, tanto a família quanto a escola são responsáveis por trazer a solidariedade para o dia a dia das crianças e não só em datas festivas, como o Natal, pois as necessidades básicas de um ser humano não são sazonais.
(*) Carlos Alberto Rezende é conhecido como Professor Carlão.
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