Controlando o impulso pela compra
Você já reparou que muitas pessoas consideram o ato de ir às compras uma terapia? Gastar muitas vezes funciona como uma tentativa de fuga dos problemas ou como uma porta para um mundo novo, de conquistas e valorização pessoal – um mundo que, quase sempre, não cabe dentro de nosso orçamento. De fato, comprar faz bem ao ego.
Sentimo-nos bem, nossa autoestima balança. Claro, não é pecado algum desejar passar algumas horas passeando em lojas e consumindo bens e produtos. Acontece que raramente nos preocupamos em respeitar os limites familiares e objetivos impostos pelo planejamento financeiro. Deixamos a euforia e a emoção tomarem conta do cotidiano e gastar se transforma em uma atitude automática, corriqueira. O comportamento é algo atualmente estudado por uma área interessante das finanças pessoais: a Psicologia Econômica. Temas como finanças comportamentais entram de forma definitiva na pauta de especialistas e consultores, o que abre excelente precedente para relacionarmos decisões financeiras e sentimentos. Afinal, somos racionais só quando queremos e adoramos justificar péssimas escolhas. Que tal mudar isso?
Existem diversas formas de não comprar por impulso. Uma delas é carregar o dinheiro contado para a compra desejada. Os cartões de crédito e débito também podem ser usados, afinal emitem uma nota para conferência que serve de alerta para os gastos efetuados. Mas é preciso usá-los como ferramentas de compra, facilitadores e não como crédito fácil. Da mesma forma, ter um objetivo definido faz com que, ao gastar mais do que sua capacidade permite, a luz amarela se acenda. Com o planejamento em dia e o orçamento bem controlado, sua própria consciência financeira será sua inquisidora e mostrará que o consumo por impulso não pode ser mais importante do que a realização de um objetivo desejado e planejado.
Momentos de grande apelo emocional, como casamento, nascimento do primeiro filho, ocasiões únicas (formaturas, reencontro de velhos amigos etc.) costumam ser as piores ocasiões para o bolso e para o consumo consciente. A vontade de oferecer o melhor extrapola o padrão de vida de muitas pessoas, o que as coloca em delicada situação. A solução é manter a simplicidade e controlar o ímpeto, atendo-se às compras que caibam em seu planejamento.
Aproveite promoções e saiba lidar com as exigências da sociedade; poucas delas precisam ser cumpridas à risca. Faço questão de frisar que as boas práticas financeiras não condenam o consumo. Afinal, a partir dele a economia de um país gira, cresce e gera empregos. Entretanto, não podemos concordar com o consumo sem critério, indiscriminado. O mundo passa por uma transformação, onde velhas praticas financeiras passam por questionamentos, inclusive sobre os aspectos de sustentabilidade. Perceber a linha tênue entre consumir com responsabilidade e passar dos limites é um grande desafio. Mas, você há de concordar, ele precisa ser encarado com atitude, energia e desejo de mudança. Ora, quem concilia bem estar, objetivos plausíveis e planejamento financeiro com certeza tem uma vida mais plena e feliz. E você amigo leitor o que pensa sobre este assunto? Deixe sua opinião nos comentários abaixo. Até a próxima!
Fonte de informações: consumidorconsciente.org
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen– Criador do portal www.manualinvest.com