Erros financeiros que os jovens cometem
Neste artigo vamos definir “jovens” como as pessoas que estão entre a adolescência e o início da vida profissional, algo na faixa dos 15 aos 25 anos. As pessoas nessa faixa etária são extremamente vulneráveis financeiramente, devido á alguns motivos como: 1. Bombardeio diário de publicidade e tentativas diversas de persuasão; 2. O consumismo aflora com maior agressividade nessa faixa de idade; 3. Certa fragilidade no que diz respeito à renda, pois, exceto em circunstâncias excepcionais (como a que o Brasil vem vivendo nos últimos anos, em que o desemprego deixou de ser um problema tão grande), jovens têm dificuldade em entrar na força de trabalho e, em períodos difíceis, são os primeiros a serem dispensados; 4. Público que não dá muita “bola” para educação financeira e gestão das finanças pessoais; 5. Têm uma tendência a subestimar riscos e tomar decisões usando as glândulas hormonais ao invés do cérebro. Então, vamos ver alguns de seus erros financeiros mais comuns:
1- Subestimar a própria expectativa de vida: Temos um aumento exponencial da expectativa de vida e a potencial insustentabilidade econômica do sistema de previdência, tanto pública quanto privada. Considerando isso, quando o jovem deve começar a poupar para a aposentadoria? R: No primeiro dia em que descobre o que é o dinheiro e como ele funciona.
2- O vilão de quatro rodas: O número de jovens que se comprometem financeiramente com um carro é muito grande. Existem casos em que, para o pagamento das prestações do financiamento automotivo (bem que só perde valor) as mensalidades da faculdade são sacrificadas, ou mesmo atrasadas (algo que, supostamente, trará retorno financeiro no futuro). Não que o jovem não deva ou não mereça ter um carro, mas quando o sujeito abandona, ou compromete seus estudos para sustentar o carro, algo está muito errado. É a satisfação imediata em detrimento do futuro profissional e financeiro.
3- Imóvel: Alguns jovens se apressam em comprar um imóvel. Se “penduram” em um financiamento imobiliário de longo prazo, para ter um imóvel que, muito provavelmente, não vai atender suas necessidades no futuro devido há ambição ou por necessidade como o aumento da família. Não vamos discutir o prazer de ter a casa própria, mas, para o jovem, fatores como mobilidade física (cada vez mais importante no mercado de trabalho atual) e principalmente o custo de oportunidade são questões que precisam ser consideradas com muito cuidado.
4- Relacionamentos “furados”: Com o casamento muitas coisas mudam e surgem responsabilidades que antes não existiam. Quando chegam os filhos, no ponto de vista financeiro é “ainda pior”, pois teoricamente, de certa forma o casal abre mão de suas vidas em prol das demandas e necessidades dos filhos (pelo menos é assim que deveria ser). Você amigo leitor provavelmente conhece algum caso, em que moças acabam se casando com o primeiro “traste” que aparece pela frente. E de igual modo, casos em que rapazes se casam e fazem filhos com a primeira “periguete” que encontram (jogadores de futebol que o digam).
Golpes, traições, divórcios, pensões alimentícias, partilha de bens, disputa judicial, e etc. Assim, a paz vai embora e a vida vira de cabeça para baixo. Jovens que poderiam estar vivendo uma fase de crescimento pessoal e profissional acabam embarcando num projeto de família que tem tudo para dar errado e com alto risco de condenar todos os envolvidos (incluindo os filhos inocentes) a um futuro, na melhor das hipóteses, medíocre. Neste sentido, movimentos e projetos que envolvem educação sexual, planejamento familiar, e disseminação de valores são muitos válidos e podem literalmente “salvar” o futuro de um jovem. Convido a você jovem leitor a conhecer um desses projetos que admiro muito no link: http://euescolhiesperar.com/.
5- Negligenciar a capacidade de gerar dinheiro: Tão ou mais importante que saber administrar o dinheiro é saber GANHAR dinheiro. Com exceção daqueles indivíduos que já nascem ricos, ganham na loteria ou dão o golpe do baú (ou da barriga), o caminho para ganhar dinheiro é trabalhar – seja desenvolvendo uma carreira profissional ou indo para o lado do empreendedorismo. Para isso, o jovem precisa priorizar três coisas: estudos, experiências de vida e bons relacionamentos/contatos. Infelizmente, muitos fazem exatamente o contrário.
6- Buscar atalhos: Você muito provavelmente conhece através das estatísticas e noticiários, os problemas envolvendo jovens e adolescentes com o crime organizado e muitos outros crimes violentos. Estes são cenários extremos, mas outros comportamentos socialmente condenáveis, ainda que não criminosos, podem também gerar graves consequências no futuro. Ainda mais em um mundo como o atual, onde qualquer “deslize” traz imediatamente alguém com um smartphone para o seu “registro histórico”.
Esta lista não é completa, mas dá algumas ideias de onde o jovem deve prestar mais atenção e ter mais cuidados para não comprometer seu futuro financeiro. E você amigo leitor o que você acha? Concorda? Quer contribuir para aumentar a lista? Então escreva nos comentários. Até a próxima!
(*) com informações de portal André Massaro
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen – Criador do portal www.manualinvest.com