Imóveis X Fundos Imobiliários

É cada vez maior o número de opções disponíveis de fundos imobiliários. Com tanta variedade e por serem um tipo de investimento relativamente novo, muitos investidores ficam na dúvida em relação à melhor escolha: investir diretamente em imóveis ou aplicar por meio desses fundos? De acordo com dados da BM&FBovespa, em dezembro de 2011, a quantidade de fundos imobiliários com negociação na bolsa chegou a 66, ante 48 negociados ao final de 2010 e apenas 25 registrados em 2008.

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) são formados por grupos de investidores com o objetivo de aplicar recursos em todo o tipo de negócios de base imobiliária, seja em imóveis prontos ou em desenvolvimento como shopping centers, hospitais, prédios comerciais e etc. Do patrimônio de um fundo podem participar um ou mais imóveis, parte de imóveis, direitos a eles relativos, entre outros. O objetivo é conseguir retorno pela exploração de locação, arrendamento, venda do imóvel e demais atividades do setor imobiliário.

O número de investidores também cresceu muito nestes anos. Em Setembro/2011 eram 45,3 mil investidores, o que significa um crescimento de 650% desde 2008. Agora que você já pegou o conceito fica mais fácil de analisar as vantagens e desvantagens deste produto de investimento em relação ao investimento em imóveis convencional.

= Uma das principais vantagens do fundo imobiliário é o fato de haver um gestor que administra a carteira por você. Isso vai te poupar um ativo muito precioso chamado tempo. No investimento convencional o investidor precisa se preocupar com escrituras, certidões, ITBI, locação, vacância, reforma, cobrança (Tipo “Sr. Madruga”) e etc.

= Outro ponto favorável é o fato do investidor conseguir diversificar a aplicação em diversos imóveis comerciais, comprando uma única cota do fundo. Isso é bom para que você possa diversificar seu portfólio com mais facilidade.

= Você pode participar de grandes empreendimentos imobiliários como a construção de shoppings, condôminos, e etc. As construtoras vendem uma parte do imóvel em cotas e o dono de cada cota recebe um valor proporcional do aluguel. Existem cotas no mercado que valem menos de R$20 e você pode comprar quantas estiverem à venda.

= Isenção de imposto de renda no recebimento dos rendimentos mensais para pessoas físicas, que tenham menos de 10% da totalidade de cotas do fundo e exclusivamente para fundos imobiliários cujas cotas sejam negociadas em Bolsa de Valores e que tenham mais de 50 cotistas. Já os alugueis provenientes dos imóveis de propriedade direta são tributados pelo (IRPF) Imposto de Renda Pessoa Física.

= Os custos em média são muito inferiores às transações imobiliárias diretas porque não envolvem taxas, impostos etc. Já em uma transação convencional, a média cobrada por um corretor de imóveis para realizar a venda é de 6%.

= Diferente de um imóvel, cuja venda é burocrática exige cuidados, o fundo permite negociar as cotas em Bolsa. E você não precisa vender todas as suas cotas, pode negociar apenas parte delas. E mesmo que o fundo não tenha liquidez diária, uma semana costuma ser um prazo razoável para a venda das cotas.

É importante deixar claro que os fundos de investimentos imobiliários são apenas mais uma opção de investimento disponível para que diferentes investidores de acordo com suas necessidades, e perfil, alcancem seus objetivos. Obviamente ainda existem oportunidades para quem tem dinheiro disponível para investir diretamente em imóveis. Você pode conseguir um imóvel depreciado, que precise de reformas, por um preço bem abaixo do valor de mercado e fazer um bom negócio depois de reformá-lo. E você leitor, qual a sua opinião a respeito de FII (Fundos de Investimentos imobiliários) e do investimento em imóveis? Já investiu em algum FII? Comente, a sua participação é muito importante. Até o próximo artigo!

Disclaimer – A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

(*) Emanuel Gutierrez Steffen – Criador do portal www.manualinvest.com