Não culpe terceiros por seus problemas!
Tenho lido e observado muitas histórias complicadas que parecem encontrar uma justificativa na forma como as pessoas foram educadas, criadas e aprenderam a fazer as coisas. Sim, é verdade que carregamos muito do passado. E também que existem lições que aprendemos lá na infância e que recordamos até hoje, assim como traumas que ocorreram há anos e ainda nos assombram. Todo mundo tem uma história complicada em níveis diferentes, certo? O ponto é: se não está bom como está, o passado não pode nos impedir de fazer diferente! Sabemos que ninguém é perfeito, nenhum pai ou mãe nasce com a fórmula perfeita. Há crianças mais sábias e maduras que até ensinam os pais, assim como há pais cruéis e manipuladores infelizmente. Algumas coisas que são ensinadas lá atrás, inclusive com relação a dinheiro e finanças, podem certamente prejudicar a forma como você lida com essa questão hoje.
O ambiente, fator determinante - Talvez você tenha crescido em um ambiente onde o endividamento era algo comum. Ou talvez o consumo exagerado fosse uma válvula de escape frequente. Ou, ainda, o comum era a escassez em todos os sentidos ou, pior ainda, pode ter observado como certos vícios levaram à família toda à falência financeira. Pode ser, inclusive, que você enxergue o dinheiro como algo ruim e as pessoas ricas como vilãs. Isso é muito sério. Volta e meia escrevemos aqui sobre os viéses que carregamos com relação a finanças. Poderíamos dizer isso sobre uma série de outras coisas na vida, aquele tipo de assunto que muitas vezes precisa até de terapia para ser consertado! O fato é que, ainda que você tenha recebido uma educação ruim ou errada em alguns pontos, ou ainda que tenha tido exemplos nada legais e que tenha vontade de sair correndo quando se lembra de algumas coisas, o ponto é que ninguém que esteja procurando autoconhecimento e uma melhora de si mesmo deveria parar no tempo e justificar os erros por conta do passado.
A hora de fazer diferente - Se você está aqui, lendo este texto e procurando informação e autodesenvolvimento, comece a fazer diferente. Tenho certeza que você está pronto para uma mudança! Saiba que exemplos que tivemos e situações por que já passamos podem nos levar para dois caminhos: no primeiro, podemos simplesmente imitá-las. Desta forma, seguimos os passos de quem nos criou e jogamos toda a culpa neles para continuar fazendo errado. No segundo, podemos simplesmente entender que aquilo tudo não era legal e portanto precisamos fazer diferente já!
Lembre-se, por exemplo, que um pai rico nem sempre é garantia de alguma coisa, já que dinheiro, se mal administrado, pode escorrer pelo ralo. Ao passo que um pai que perdeu tudo poderia até ser uma ferramenta para muita coisa, pois ninguém vai querer passar pela mesma experiência. Tudo depende da forma como escolhemos olhar para vitórias e fracassos, entendendo que cada pessoa é única a e ninguém tem uma fórmula mágica para nada. Nem eu. Nem você.
O foco deve ser o futuro - Uma pessoa madura emocionalmente para de olhar para o passado como um meio de justificar todas as coisas ruins que acontecem na vida e resolve fazer diferente hoje. Tenho certeza que você consegue, vamos lá? Separei algumas sugestões para que possamos começar a nos libertar daquilo que já foi e seguir em frente.
Reconheça: O passo mais importante é o reconhecimento. Se você não reconhecer que há algo errado e que ainda usa o passado para justificar atitudes atuais nunca conseguirá mudar.
Eduque-se: Vá atrás da informação correta. É preciso educar-se, independente do setor em que você tenha dificuldades, para conseguir realizar mudanças e fazer diferente.
Procure ajuda especializada: Se você não consegue mudar sozinho nem se esquecer de toda a carga passada, procure ajuda. Há muitos profissionais que podem auxiliá-lo a dar um primeiro e importante passo.
Faça diferente, mesmo que aos poucos: Ninguém muda atitudes que já estão enraizadas de uma hora para a outra. É preciso ter paciência. Se até agora, por exemplo, você nunca conseguiu olhar para um milionário como alguém que pode ensinar o caminho das pedras, pode ser válido disponibilizar-se a conhecer melhor a trajetória de um deles. Pode ser que você se surpreenda no lugar de apenas ficar invejando.
Trabalhe o emocional: Trabalhar o emocional é essencial, especialmente porque nossas emoções geram boa parte de nossos comportamentos anormais e errados. Procure pensar de forma racional antes de agir.
Reconheça pequenos acertos: Se você foi ensinada que uma boa tristeza se cura com uma boa compra, mas hoje conseguiu se controlar e preferiu uma boa caminhada à uma ida no shopping, parabéns! Trata-se de uma pequena mudança que pode gerar muitas outras em sua vida. Anote diariamente os pequenos acertos e procure repeti-los.
Procure outros exemplos: Se você teve exemplos ruins no passado, no lugar de jogar a culpa por todo insucesso de hoje em seu pai ou mãe, por exemplo, procure trocar o disco e buscar outros exemplos positivos nos quais você pode se mirar. Vale desde pessoas conhecidas até pessoas públicas que você admire.
Perdoe – ninguém é perfeito: Finalmente, faça um esforço para perdoar se for possível. Quando guardamos muitas coisas e exemplos ruins dentro de nós, acabamos levando este peso nas costas todos os dias de nossas vidas, o que definitivamente não faz bem. Procure pensar que se alguém errou lá atrás é porque provavelmente não sabia fazer diferente. E você tem em suas mãos toda oportunidade do mundo para mudar esta história, portanto, comece já! Tenho certeza que você pode deixar o passado lá atrás e iniciar hoje a trajetória para um futuro muito mais satisfatório.
Fonte: Janaína Gimael\Dinheirama. Disclaimer: A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.