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Manoel Afonso

Senadora Soraya, perdendo espaço e prestígio

Manoel Afonso | 08/04/2023 10:17

IGUAIS:  Eleição é como os ônibus urbanos - sempre cabe mais um. Na capital vários políticos querem um ‘lugar na janela’: o ex-Juiz Odilon (PSD), o ex-governador Puccinelli (MDB), ex-prefeito Alcides Bernal (PP), deputada Camila Jara (PT), deputados Lucas de Lima (PDT), deputado Beto Pereira (PSDB), vereador Carlos A. Borges (PSD) e a ex-deputada Rose Modesto (União Brasil) O eleitor não reclamará por falta de opções.

EQUILIBRISTA:  Inegável esse mérito da prefeita Adriane Lopes (Patriota) da nossa capital pelos fatores existentes no cenário de sua gestão. Difícil prever como se portará com a proximidade das eleições municipais. Será candidata à reeleição? Negociaria com qual grupo político? Manteria distância estratégica do ex-prefeito Marcos Trad?

SENADORA SORAYA: Pode repetir o ex-senador Juvêncio C. da Fonseca com final melancólico. Sua tentativa de golpe no União Brasil, reprimida pela Justiça, fortaleceu a a ex-deputada Rose Modesto (União Brasil). O episódio, somado a outros tantos, dificultarão sua eventual de reeleição. Hoje ela não se elegeria nem a deputada estadual.

A TRAMA:  O diretório nacional anulou o edital de eleição convocada por Soraya e mandou ela reintegrar Rose e outros 16 membros/ diretores (oposição) que ela excluiu do diretório regional de forma arbitrária. Desta forma, o candidato preferido da senadora à presidir o diretório, o advogado Rhiad Abdulahad deixa de ter chances de se eleger.

JUVÊNCIO: Ainda senador concorreu a deputado estadual em 2006: obteve 8.267 votos (44º lugar). De nada adiantaram os cargos de vereador, secretário da educação e prefeito da capital duas vezes e o mandato de senador (longe das bases eleitorais). Tal como Soraya, Juvêncio decepcionou no Senado e perdeu seus  eleitores.

PREVISÃO: A opinião pública é favorável ao projeto do deputado João Henrique (PL) proibindo banheiros ‘unissex’ nas escolas públicas e privadas. Para ele a intenção é evitar a adesão ao modismo ideológico, os constrangimentos e abusos em adolescentes  e crianças pela exposição de suas intimidades. Matéria renderá bons debates na Alems.  Espero.

INSÔNIA:  Mais um capítulo da novela da cassação do mandato do deputado Rafael Tavares (PRTB). O Ministério Público Eleitoral foi contra os termos dos embargos de declaração do deputado e logo o TRE-MS decidirá a matéria. Ele se diz preparado, para se for o caso, defender seu mandato no TSE. Enquanto isso ele segue no cargo.

POLÊMICA: Também os jornalistas divididos quanto a pretensão de se regular as mídias sociais. Afinal são 148 milhões de brasileiros no Facebook, 105 milhões no Youtube, 99 milhões no Instagram e 19 milhões no Twitter. Os críticos do projeto alegam que seria uma espécie de censura para calar a voz da oposição ao Planalto.

QUESTÕES: Os discursos de ódio, as mentiras, as imagens montadas fariam parte da chamada liberdade de expressão inserida na Constituição? Como os congressistas vão lidar com esse propalado projeto? Votarão segundo suas próprias consciências e formação moral/política ou farão do fato apenas um ato essencialmente político?

‘REMEMBER’:  Hoje quem regula as redes sociais é o Marco Civil da internet, mas com limitações. Ela não responsabiliza as chamadas plataformas pelo uso dela ou ainda pelas publicações de autoria de terceiros mesmo quando ocorre a divulgação de notícias falsa. Essa neutralidade não condiz com a evolução e crescimento das redes sociais.

SOB RISCO: Para o arquiteto urbanista Fayex Rizk nossa capital paga pelos equívocos de seus administradores ao não seguirem o Plano Diretor elaborado por Jaime Lerner na década de 70. Essa última enchente seria um aviso do que poderá se repetir com maior intensidade. As calhas e leitos dos nossos córregos urbanos estão assoreados.

AGRAVANTE:  As medidas da prefeitura permitindo a construção em regiões onde antes era proibida agrediu a ‘lei do uso do solo’. Os serviços de água, energia e esgoto precisam passar ser reavaliados - pois estão no limite de capacidade. Como se diz: o que foi e continua sendo alegria das construtoras hoje é um problemão para a capital.

MATA DO JACINTO: Terras arenosas. Deu lugar a um residencial e loteamento sem critérios de ocupação do solo. Errou o ex-governador Pedrossian ao trocar a mata por um empreendimento de cunho residencial. O assoreamento responsável pelas enchentes na região do Shopping Campo Grande tem sua origem nas nascentes do Sóter. E tem solução?

ELITISMO:  O artigo 5º da Constituição Federal reza que todos são iguais perante a lei. O art. 295 do Código P. Penal traz a relação de réus com direito a prisão especial. Entre eles, magistrados, delegados de polícia, ministros de estado, oficiais das Forças Armadas, prefeitos, vereadores, membros do Parlamento Nacional e das Assembleias Legislativas. Como diria Galvão Bueno: “Pode isso Arnaldo?”.

PRIVILÉGIO: Será que a decisão do STF em acabar com o poder de fogo do diploma de curso superior mudará a imagem da nossa justiça perante a sociedade e a opinião pública internacional? Claro que não. O diploma seria apenas um graveto nesta enorme fogueira de absurdos, inadmissíveis em países do primeiro mundo.

EXPECTATIVA: Foi político o critério da escolha. Mas como será a atuação da ex-presidente Dilma Roussef à frente do banco do BRICS? Espera-se que não repita a experiência como microempresária em Porto Alegre antes de chegar ao Palácio do Planalto. E apagará a imagem por gafes e equívocos nas entrevistas? É esperar.

REFLEXÃO: “De tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é.  Que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio”. (Otto Lara Resende -1922/1992)

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