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Direto das Ruas

Apesar de operações, sobra cigarro paraguaio à venda no Centro

MS faz parte da rota do contrabando de cigarro e de operações para acabar com esquema

Ana Paula Chuva | 15/04/2021 17:33
Ambulante vendendo cigarros do Paraguai na Rua 15 de Novembro. (Foto: Paulo Francis)
Ambulante vendendo cigarros do Paraguai na Rua 15 de Novembro. (Foto: Paulo Francis)

Por um bom tempo o comércio de cigarro contrabandeado nas ruas da Capital não era notícia. Após operações das forças policiais para coibir e desarticular o esquema de contrabando no Estado nos últimos anos, isso mudou. De imediato, o número de vendedores ambulantes dos produtos diminuiu, mas logo voltou a ficar forte. Nesta quinta-feira (15), leitor enviou imagens ao Campo Grande News pelo canal Direto das Ruas que provam o quanto esse tipo de comércio parece inabalável.

O leitor se surpreendeu com a quantidade de ambulantes comercializando cigarros paraguaios de diversas marcas no Centro. Todos os vendedores tinham mais de cinquenta anos e vendiam os produtos sem nenhuma inibição na região do Mercadão Municipal.

“Tinham proibido essa prática. Hoje fui no Mercadão e notei que na 15 de Novembro está lotado de vendedores de cigarro.”, afirmou o leitor.

Outro ponto de venda dos cigarros na travessa José Bacha. (Foto: Paulo Francis)
Outro ponto de venda dos cigarros na travessa José Bacha. (Foto: Paulo Francis)

A reportagem também foi até a Rua 15 de Novembro, trecho entre as avenidas Calógeras e Fábio Zahran, e contou seis idosos vendendo cigarros paraguaios em apenas duas quadras.

As barraquinhas montadas não escondiam o comércio ilegal das quatro marcas de cigarros do Paraguai vendidas pelos ambulantes: Fox, Eight, Hudson e Hills, com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 4,50 a carteira. Já o pacote com 10 carteiras custa entre R$ 25 e R$ 35 reais.

Produtos expostos na Rua 15 de Novembro nesta quinta-feira. (Foto: Paulo Francis)
Produtos expostos na Rua 15 de Novembro nesta quinta-feira. (Foto: Paulo Francis)

Questionado pela reportagem, um dos vendedores que preferiu não se identificar, disse que nunca saiu dali. Mesmo com a operação deflagrada há pouco menos de três anos.

“A gente ficou assustado na época, mas logo voltamos. Já vai fazer três anos que estou sempre aqui. Deixo a banquinha aqui e fico ali na sombra”, disse o ambulante.

Mato Grosso do Sul faz parte da rota do esquema criminoso de contrabando, inclusive operações como a Nepsis e a Teçá foram deflagradas com intuito de coibir a prática e desarticular as quadrilhas que movimentam milhões de reais por ano.

Por conta dessas operações, deflagradas em anos anteriores, muitos vendedores ambulantes que comercializavam os produtos nas ruas acabaram "desapareceram" da região Central,  já que grande parte da mercadoria que seria vendida por eles acabou sendo apreendida pela PF.

Só o Campo Grande News noticiou ao menos seis apreensões de cargas de cigarro pelas forças policiais. Entre elas, um comboio com sete veículos lotados de produtos contrabandeados sendo 2,5 mil pacotes de cigarro em Ponta Porã e uma carga com 17,5 mil pacotes dos produtos, interceptada em Mundo Novo.

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