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Direto das Ruas

Após questionar morte por covid, família consegue alterar atestado de óbito

Genilda Dantas Pereira, de 82, morreu na madrugada desta terça-feira (27) no Hospital Regional

Aletheya Alves | 27/04/2021 14:47
Genilda e a filha Regiane durante aniversário no início do mês. (Foto: Arquivo Pessoal)
Genilda e a filha Regiane durante aniversário no início do mês. (Foto: Arquivo Pessoal)

Após questionar morte por covid-19, uma família conseguiu alterar laudo de óbito no Hospital Regional de Campo Grande. Internada desde o dia 13, Genilda Dantas Pereira, de 82 anos, passou pelo período de contaminação e não resistiu após falência de órgãos.

Durante a madrugada desta terça-feira (27), Regiane Dantes Aguero, de 36 anos, recebeu a notícia de que a mãe tinha partido. “Minha irmã foi até o hospital e conseguiu se despedir dela, mas a médica de plantão colocou que o motivo da morte era covid. Contestamos porque queremos enterrar minha mãe com dignidade”, disse.

De acordo com Regiane, os boletins pararam de informar sobre coronavírus durante os últimos dias e indicavam apenas complicações nos órgãos. “Ela foi mudada de setor, foi para a Unidade Coronariana. Viram que ela estava com problema no coração por conta da respiração, ontem teve falência dos órgãos e parou o rim”.

Mesmo com a irmã conseguindo se despedir, já que Genilda havia finalizado o período em que o vírus estava ativo, o registro de morte foi descrito como coronavírus. Sem aceitar o diagnóstico, a família solicitou reunião com o hospital para modificar a descrição como falência múltipla de órgãos e conseguiu no fim da manhã de hoje, informa a família.

“A Pax não ia querer liberar velório por causa da covid, nós queremos enterrar a minha mãe. Precisamos nos despedir dela. Depois de uma reunião conseguimos finalmente mudar o laudo”, diz Regiane. Ainda de acordo com a filha, Genilda foi vacinada, mas o imunizante não fez efeito a tempo.

Em nota, a assessoria do Hospital Regional informou que não repassa informações pontuais de pacientes à imprensa. “Mesmo com o óbito há que se preservar o sigilo médico/paciente. Todos os casos assistenciais se pautam em ditames éticos e legais”, alegou.

Histórico - Ainda de acordo com a filha, Genilda foi vacinada, mas o imunizante não fez efeito a tempo. A primeira dose foi administrada no dia 12 de fevereiro, enquanto a segunda foi aplicada em 12 de março.

Conforme Regiane explica, a mãe começou a apresentar os sintomas no dia cinco de abril. A pedido do posto de saúde em que foi atendida, ela esperou por cinco dias e fez o teste no dia 10 de abril. Além da mãe, a irmã e o cunhado de Regiane também foram infectados.

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