Confusão no endereço do local de prova faz candidato perder Enem
Rodovia como endereço levou pessoas para universidade na Chácara dos Poderes, quando o certo era na Avenida Gury Marques
A movimentação nos locais de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi tranquila, neste domingo (3), em Campo Grande. Mas, nem todo mundo conseguiu chegar ao local destinado para realizar a prova. Candidatos designados para uma universidade localizada na Avenida Gury Marques, na Vila Olinda, afirmam que o endereço listado no cartão de confirmação indicava o endereço de outro estabelecimento educacional, localizado na região do Taquaral Bosque.
A confusão foi por conta do endereço listado. No cartão, o ponto indicado para a Universidade Anhanguera II foi Rodovia BR-163, 3203, Chácara das Mansões. Isso fez com que muitas pessoas fossem parar na Uniderp Agrárias. O militar Samuel de Lima, de 21 anos, estranhou a movimentação baixa na universidade que fica na região Chácaras dos Poderes e, por conta do horário, não conseguiu se deslocar até o ponto certo.
“Cheguei faltando 10 minutos para o meio-dia, vi que estava meio vazio e perguntei para a funcionária onde eu podia deixar o veículo. Ela perguntou se era para o Enem, quando eu disse que sim, me avisou que não era ali, mas sim na Gury Marques”, afirma.
A distância entre as duas universidades impediu o deslocamento em pouco tempo. “Eu nem tentei ir, correr no trânsito não dá certo. Agora vou buscar outra solução, procurar outros meios e lutar para fazer o vestibular em universidades”, ressaltou o militar que deseja retomar o curso de engenharia civil.
A situação também atrasou a chegada do filho da Fabiana Bialta ao local de prova. Ao Campo Grande News, ela contou que até mesmo o GPS apontava o polo Agrarias como local de provas.
“Quando chegamos já tinha uns sete carros fazendo o retorno porque não era lá. Puxei pelo GPS e o endereço dava ali mesmo. Fomos com uma hora e meia de antecedência, mas quem chegou com vinte minutos ou foi de Uber? Temos que nos colocar nos lugar de outras pessoas”, opinou.
A reportagem entrou em contato com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) para saber o que pode ter provocado a confusão e aguarda retorno.