Incêndio em terrenos baldios consomem quarteirões de bairros da Capital
Moradores da Vila Nasser e Ana Maria do Couto disseram ter se assustado com a proporção das chamas
Em mais um dia de tempo seco na Capital, os moradores dos Bairro Ana Maria do Couto e Vila Nasser sofrem com incêndios de terrenos baldios. Conforme divulgado pelo Corpo de Bombeiros, até julho já foram 1.913 registros de fogo em vegetação no Estado.
Na Rua Maria Luíza dos Santos, a moradora Maria Antônia Marques, de 63 anos, conta que os incêndios são frequentes em tempos de seca. Dois terrenos tomados por mato pegaram fogo hoje em frente a casa dela. A moradora ainda diz que as pessoas costumam atear o fogo e vão embora, deixando o problema para os moradores que ficam próximos.
“Ele já diminuiu bastante porque praticamente queimou tudo, chegou próximo das casas que tinham aqui. Está queimando as árvores e isso deve seguir pela noite. Quem realmente apagou foram os moradores com mangueiras, tem um morador que se enfiou lá com uma maquininha e se enfiou lá pelo meio do mato e ele continua lá até agora”, disse.
Nas imagens enviadas é possível ver o momento em que uma das moradoras se arrisca para tentar conter as chamas. O moradores disseram que chamaram os bombeiros. O mato seco e o vento fizeram com que a vegetação do quarteirão fosse consumida mais rapidamente.
Maria Antônia ainda lamentou o desespero de animais que viviam nos terrenos. A moradora contou que enquanto as chamas ainda estavam altas, viu algumas cutias e macaquinhos fugindo. “Não é a primeira vez que isso acontece e com certeza não será a última”, finalizou.
Na Rua Aphrodite, no Bairro Vila Nasser, uma moradora, de 28 anos, que pediu para não ser identificada, relata situação parecida. A terapeuta afirmou que o incêndio começou após um curto-circuito na rede elétrica. Logo que aconteceu, o fogo começou em um terreno baldio e se alastrou até uma árvore, que fica dentro de uma casa ao lado da área.
As chamas foram apagadas pela própria vizinhança, já que a proprietária do imóvel não estava no local. Os bombeiros foram acionados, mas cerca de 40 minutos depois do início das chamas, os militares ainda não haviam chegado no local.
Com ajuda do vento, as chamas se espalharam rapidamente e consumiram mais de um quarteirão. Apesar de ter dito que essa é a primeira vez que um incêndio dessas proporções acontece na região, a mulher relata que os curtos-circuitos acontecem com certa frequência.
O Campo Grande News entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e foi informado que iriam verificar com o Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública) sobre os chamados que os moradores dizem ter feito, mas até o momento não houve retorno. A concessionária Energisa também foi questionada sobre o curto-circuito citado na reportagem. O espaço segue aberto.
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