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Direto das Ruas

Mãe denuncia plano de saúde por falta de profissional para atender filho autista

Luana Freitas Gomes relata que o filho, de 5 anos, foi encaminhado para clínica que não possui qualificação

Aletheya Alves | 18/08/2021 12:02
Filho de Luana, com 5 anos, precisou interromper atendimento em clínica. (Foto: Direto das Ruas)
Filho de Luana, com 5 anos, precisou interromper atendimento em clínica. (Foto: Direto das Ruas)

Preocupada com o retrocesso do filho, Luana Freitas Gomes, de 26 anos, entrou na Justiça contra plano de saúde por atendimento inadequado. De acordo com a mãe, apenas uma clínica, que não possui profissionais com qualificação especializada, foi disponibilizada para crianças que possuem Transtorno do Espectro Autista.

Recebendo acompanhamento desde novembro de 2019, o filho de Luana, hoje com cinco anos, precisou interromper seu tratamento em março após mudança na disponibilização de clínicas conveniadas com o plano de saúde São Francisco. “Até fevereiro as crianças recebiam atendimento especializado, mas em março nos passaram para uma clínica sem especialistas em crianças autistas. Por isso entramos na Justiça”, explica.

Sobre a necessidade de profissionais qualificados, a mãe relata que o filho possui laudo para atendimentos específicos, “ele precisa de terapia ocupacional, fonoaudiólogo especialista em linguagem e integração sensorial. Lá não têm esses profissionais ou os aparelhos necessários, é uma sala com o médico e só isso”.

Devido à interrupção do tratamento, Luana argumenta que o filho vem sofrendo retrocessos. “Ele tá regredindo muito na fala, tem estado nervoso e não tem como voltar para a escola sem terapia. Antes ele não falava nada e com a terapia foi melhorando, agora regrediu tudo”, diz.

Em nota, a assessoria do plano de saúde São Francisco informou que pacientes dentro do TEA (Transtorno do Espectro Autista (TEA) contam com equipe especializada multidisciplinar para seus tratamentos.

O plano reforçou que são terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas "qualificados para tratar, cuidar e desenvolver crianças diagnosticadas com TEA."

Ainda no comunicado, o plano São Francisco diz que lamenta o ocorrido e que a clínica credenciada possui profissionais qualificados, registrados nos específicos conselhos de classe, como profissionais habilitados, e com vasta experiência em tratamento de pacientes do espectro, e conta com todos os instrumentos necessários para o trabalho, como vestimenta pinguin suit; unidade de terapia universal; vest (suit); spider, dentre outros, além de possuir vários tratamentos, inclusive o método ABA.

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*Matéria editada às 15h08 para acréscimo da nota retorno do Plano de Saúde São Francisco.

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