Moradores de avenida relatam prejuízos com descargas elétricas durante temporais
“Ficamos esperando a próxima chuva para ver o que vai estragar”, desabafa advogada
Moradores da Avenida Marechal Floriano, na Vila Bandeirantes, têm sofrido transtornos por descargas elétricas liberadas em rede durante tempestades. Segundo moradores da região, em uma das chuvas ao menos três pessoas ficaram sem conseguir entrar ou sair de suas residências após terem os portões elétricos queimados.
Advogada, de 45 anos, preferiu não se identificar, mas contou ao Campo Grande News que mora no local há pelo menos 15 anos. Segundo a moradora, os problemas começaram a surgir esporadicamente dois anos atrás e tem se intensificado nos últimos meses.
“Ficamos esperando o próximo temporal para ver o que vai estragar”, desabafou a advogada enquanto contava que onde mora é final de rede e costuma cair muitos raios no local. “A gente fica com medo não só pelos danos materiais, mas pelos físicos que podem ocorrer”, completou.
Ainda segundo a moradora, um engenheiro chegou a analisar a situação e chegou a conclusão de que a área não tem o aterramento correto, o que estaria provocando as descargas.
Empresária que também mora na avenida contou que das várias descargas elétricas que atingiram a sua casa, a última foi a pior. Além do roteador de internet, antena de TV e a central do alarme, o sensor da casa explodiu espalhando faíscas pelo ambiente. “Tá perigoso! Agora quando começa a chover corremos para tirar as coisas da tomada. Mas, tem o risco de levarmos choque”, afirma Bruna Lopes, de 35 anos.
No grupo dos moradores, tem sido há vários relatos de perdas obtidas durante os temporais. Os moradores registraram reclamações no Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor) e na Energisa, concessionária de energia responsável pelo abastecimento na cidade, segundo as moradoras.
Ao Campo Grande News, a Energisa informou que equipe foi enviada à casa da advogada e que neste ano, "foi analisada e verificou-se apenas uma ocorrência de interrupção de energia". "A concessionária reitera que não há registro algum sobre queima de equipamentos", completou a nota. Bruna Lopes não chegou a procurar a empresa.
