Pela segunda vez, vira-lata invade carro e para ser retirado precisa ser laçado
A retirada do animal de dentro do veículo durou cerca de 1h30
Pela segunda vez nesta semana, vira-lata invade carro, se nega a sair e precisa ser laçado para ser retirado do veículo. Desta vez, a situação aconteceu próximo ao cruzamento da Avenida Marechal Hermes com a Avenida Presidente Café Filho, no Bairro Vila Almeida, em Campo Grande.
Ao Campo Grande News, Steice Garbin, 33 anos, contou que o carro invadido na manhã desta sexta-feira (12) pertence a um morador da região. “O rapaz abriu a porta do carro para entrar e o cachorro já entrou por debaixo e não saiu”, disse.
A invasão do vira-lata ocorreu por volta das 8h30. O proprietário do veículo, moradores e comerciantes da região, além de outros motoristas que passavam pela via, formaram uma força-tarefa para retirar o animal do carro. O Corpo de Bombeiros também foi acionado, mas não esteve no local.
“O cachorro tinha vindo aqui no pet shop mais cedo, nós até demos ração para ele. Na hora, ele estava dócil e brincando com meu filho. Depois de um tempo o rapaz já veio aqui perguntar se sabíamos quem era o dono do cachorro e ele já estava bem agressivo”, relembra.
Para tentar convencer o vira-lata a sair do veículo, Steice chegou a oferecer rações e carne, mas a proposta não conquistou o invasor. Outras pessoas chegaram a usar um rodo para empurrar o cachorro para fora, porém, desistiram após o animal arrancar a borracha do rodo.
O fim das “negociações” aconteceu 1h30 depois de o vira-lata invadir o veículo. “Depois que ele arrancou a borracha, ficamos com medo de machucá-lo empurrando só com cabo, por isso paramos. Mas chegou um caminhoneiro com uma corda, ele laçou o cachorro e puxou ele para fora”, conta.
Relembre - Na tarde desta terça-feira (9), na Rua Miranda, no Bairro Santo Amaro, a situação inusitada aconteceu pela primeira vez. Rubens Peixoto e a esposa pararam para comer uma melancia e não contavam com a surpresa que estava por vir. Um vira-lata invadiu o veículo do casal, um Toyota Corolla, e não queria sair.
Sem saber o que fazer, após insistentes investidas para retirar o cachorro que estava bastante agressivo, o proprietário chamou o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a imprensa. Segundo Rubens, a salvação surgiu após 3h, quando todos já tinham tomado um banho de chuva e levado “baile” do vira-lata, sem sucesso.
“Uma menina pequenininha viu a situação e disse que podia ajudar. Ela afirmou ser médica veterinária e lidar com cachorros da PRF. Calmamente ela conversou com o cachorro, fez carinho, passou uma corda e conseguimos finalmente tirá-lo do veículo. Foi só no carinho que conseguimos”.
Orientações – Apesar de ser um caso difícil de acontecer novamente, lidar com cachorros agressivos é algo muito comum para protetores independentes que fazem resgates pelas ruas da Capital.
De acordo com a voluntária Renata Gimenes, da ONG Cão Feliz, a orientação para nestes casos é agir com calma, paciência e não cutucar o animal. “O cão já está acuado, com medo. Por isso é preciso falar calmamente com ele. Se não achar o dono, pode oferecer algum alimento para atraí-lo para perto e em último caso fazer a captura usando uma corda ou um pano para cobrir a cabeça do cachorro e conseguir manipular o corpo. Nunca deixe a mão próxima a boca do animal”, recomenda.
Apesar de parecer fácil, a recomendação para quem não está acostumado a lidar com a situação é garantir a segurança. “Se a pessoa não sabe lidar com animais em situação de estresse, o recomendado é acionar o CCZ (Centro de Controle de Zoonozes) que eles irão usar o cambão (cabo com corda) para fazer a captura. Em caso de mordida é importante isolar o animal e buscar uma unidade o mais rápido possível para tomar uma vacina antirrábica".
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