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Direto das Ruas

Sem insulina no SUS há 60 dias, vendedor gasta R$ 390 por mês para sobreviver

Segundo o leitor, medicamento está em falta nas unidades básicas e especializadas de saúde em Campo Grande

Por Clara Farias | 12/02/2025 17:12
Sem insulina no SUS há 60 dias, vendedor gasta R$ 390 por mês para sobreviver
Medicamentos que estão em falta nas unidades de saúde (Foto: Direto das Ruas)

Falta de insulina NPH e Regular na rede de saúde pública fez com que o vendedor Renato Yoshio Sampaio Nakamura, de 49 anos, passasse a gastar R$ 390 por mês com os medicamentos. Segundo ele, a situação ocorre desde dezembro do ano passado. O assunto foi sugerido por leitor que enviou mensagem para as redes sociais do jornal.

RESUMO

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A falta de insulina NPH e Regular no SUS desde dezembro obrigou Renato Nakamura, 49 anos, a gastar R$ 390 mensais para comprá-las. Ele busca o medicamento em várias unidades de saúde sem sucesso, temendo complicações graves como cegueira e insuficiência renal. Renato usa seguro-desemprego para custear o tratamento, mas teme não conseguir no próximo mês. A Prefeitura de Campo Grande foi questionada sobre a situação e prometeu verificar. A ausência de insulina pode levar a desmaios e danos irreversíveis à saúde dos diabéticos.

De acordo com o vendedor, ele procurou a insulina nas unidades básicas de saúde, nas unidades de pronto atendimento e no CEM (Centro de Especialidades), mas não encontrou. "Fico preocupado, não tem em lugar nenhum. Como vou ficar sem a insulina? Essa situação vai levar alguém ao óbito", reclamou o leitor.

Renato explica que toma o medicamento de três a cinco vezes por dia para manter os níveis de glicose controlados. O NPH é utilizado para manter a glicemia estável entre as refeições, e a insulina regular é utilizada para cobrir as refeições, segundo ele. O vendedor ainda explica que utiliza o seguro-desemprego para custear os medicamentos, e que não terá para o próximo mês.

O leitor ainda afirma que caso o medicamento continue em falta, os pacientes diabéticos correm risco de desenvolver complicações graves e irreversíveis. "Quando a glicemia está baixa, a tendência é a gente desmaiar e quando está alta, você acaba não sentindo, mas o organismo vai parando", explicou Renato.

Algumas das consequências da falta da insulina podem gerar a cegueira, insuficiência renal, amputações, acidente vascular cerebral, neuropatia diabética (danos nos nervos), e infecções graves.

O Campo Grande News questionou a Prefeitura de Campo Grande sobre a falta dos medicamentos que afirmou que irá verificar. O espaço segue aberto para manifestações futuras.

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