“Tô entrando em desespero”, diz campo-grandense impedida de retornar a Portugal

Há 20 anos morando em Portugal, a campo-grandense Giseli Lopes, de 52 anos, vem tentando retornar a Lisboa com seu filho, de 10 anos, durante as últimas duas semanas. De acordo com a autônoma, ela foi barrada em aeroporto com justificativa de falta de documentos, mas mesmo com os papéis em mãos, ainda não teve sucesso.

Contando sobre as tentativas de retornar para casa, Giseli explica que costuma vir ao Brasil, a cada dois anos, acompanhada do marido, que é português, e do filho, que nasceu em Lisboa. “Dessa vez, meu marido não veio. Vim sozinha com meu filho, os documentos estão todos válidos, mas não liberaram a volta”, disse.

Ainda tentando remarcar a viagem com a Azul Linhas Aéreas, a autônoma conta que durante o último dia 6, conseguiu embarcar em Campo Grande e em São Paulo, foi barrada. “Alegaram que meu filho é do Brasil, que ele tem registro daqui, mas no registro consta que ele nasceu em Lisboa. Só é válido para ele conseguir nacionalidade brasileira, mas não deixaram a gente embarcar”.

Sem conseguir convencer a companhia aérea, ela precisou retornar para Campo Grande e foi informada de que precisa de documentos portugueses comprovando a nacionalidade de seu filho. “Meu marido mandou todos os papéis, já falei até com o cônsul e a companhia não pode nos impedir de voltar”.

Após apresentação dos documentos, ela e o filho tiveram as passagens remarcadas para esta quinta-feira (19), mas a novela continuou. “Pediram mais documentos. Agora meu marido mandou outros documentos da Procuradoria Geral de Lisboa. Meu filho chora todo dia, eu tô entrando em desespero, vou perder meu emprego lá”, explica.

Destacando que tem o direito de voltar para casa, ela recebeu um novo agendamento de viagem para a próxima quinta-feira e explica que só resta esperar.

O Campo Grande News solicitou nota à companhia aérea, mas até o momento, não houve retorno.

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