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Economia

Alimentação apresenta queda, mas combustíveis impulsiona inflação

Combustíveis registrou a alta de 4,31% em setembro, sendo 4,11% na gasolina e 11,8% no óleo diesel

Por Jhefferson Gamarra | 11/10/2023 12:12
Frentista abastecendo veículo em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)
Frentista abastecendo veículo em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro em Campo Grande apresentou um aumento de 0,46%, em comparação com a taxa de agosto, que foi de 0,27%. Este é o segundo mês consecutivo de inflação na cidade, após dois meses de deflação em junho (-0,14%) e julho (-0,12%). A inflação acumulada na capital em 2023 chegou a 3,54%, enquanto nos últimos 12 meses atingiu 4,69%. Os dados foram revelados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Comparativamente, em setembro de 2022, a cidade registrou deflação de -0,22%. A nível nacional, o IPCA do Brasil registrou um aumento de 0,26% em setembro, uma ligeira alta em relação a agosto, que foi de 0,23%. No acumulado do ano, o IPCA nacional atingiu 3,5%, e nos últimos 12 meses, alcançou 5,19%. Em setembro de 2022, a variação foi de -0,29%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram aumentos em setembro. O destaque ficou com o grupo Transportes, que teve a maior variação (1,96%) e contribuiu com 0,42 pontos percentuais. Na sequência, tivemos Habitação (0,72%), Vestuário (0,57%), e Saúde e cuidados pessoais (0,41%), que também contribuíram positivamente com 0,11, 0,02 e 0,05 ponto percentual, respectivamente.

Despesas Pessoais (0,30%), Educação (0,24%), e Comunicação (0,07%) também apresentaram aumentos em setembro. Em contrapartida, os grupos Artigos de Residência (-0,59%) e Alimentação e Bebidas (-0,81%) foram os únicos a registrar quedas no mês.

Preço do feijão carioca apresentou queda de 10,42% (Foto: Alex Machado)
Preço do feijão carioca apresentou queda de 10,42% (Foto: Alex Machado)

O grupo alimentação e bebidas continuou a apresentar quedas, registrando a quinta baixa consecutiva, com uma variação de -0,81%. O destaque ficou para a Alimentação no Domicílio, que teve uma queda de 1,34% nos preços, impactando negativamente o IPCA em -0,21 ponto percentual. Em contrapartida, a Alimentação Fora do Domicílio apresentou um aumento de 0,79%, contribuindo positivamente com 0,04 ponto percentual.

Entre os aumentos, destacam-se os preços da maçã (11,59%), alho (6,4%), mandioca (6,35%), e laranja (4,24%). Por outro lado, houve quedas acentuadas nos preços do mamão (-15,09%), ovo de galinha (-10,84%), feijão-carioca (-10,42%), e batata-inglesa (-10,05%).

O grupo habitação registrou um aumento de 0,72% em setembro, desacelerando em relação ao mês anterior (1,06%). Os maiores aumentos foram observados nos subitens gás de botijão (3,46%), aluguel residencial (1,61%), e amaciante e alvejante (1,02%). Por outro lado, os preços do cimento (-2,77%), sabão em barra (-1,67%), e saco para lixo (-1,65%) registraram quedas.

A alta no grupo saúde e cuidados pessoais (0,41%) deve-se principalmente ao desempenho do subgrupo de produtos farmacêuticos, que aumentou de 0,43% em agosto para 1,35% em setembro. Os preços dos antigripais e antitussígenos (3,03%), vitaminas e fortificantes (2,77%), e antidiabéticos (2,70%) foram os principais responsáveis pelo aumento. Entre as principais quedas, destacam-se os subitens óculos de grau (-2,16%), artigos de maquiagem (-2,10%), e perfumes (-1,78%).

O grupo transportes apresentou um aumento significativo de 1,96%, contribuindo com 0,42 ponto percentual para o IPCA de setembro. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo aumento nos preços dos combustíveis, com uma alta de 4,31%, sendo 4,11% na gasolina e 11,8% no óleo diesel.

A gasolina acumulou um aumento de 15,91% no ano, enquanto o diesel teve uma queda de 2,96%. Além disso, os subitens passagens aéreas (15,65%) e automóveis usados (1,98%) também registraram aumentos significativos. Por outro lado, houve quedas nos preços dos pneus (-4,4%) e do ônibus interestadual (-3,23%). O grupo Transportes acumulou um aumento de 6,41% no ano e 7,44% nos últimos 12 meses.

O grupo vestuário registrou um aumento de 0,57% em setembro. Os subitens sandália/chinelo (2,53%), bermuda/short feminino (2,46%), e vestido infantil (1,91%) contribuíram para esse aumento. Por outro lado, as maiores quedas foram registradas nos subitens sapato masculino (-2,81%), lingerie (-2,27%), e joias e bijuterias (-1,37%).

Após uma recuperação em agosto (0,34%), o grupo artigos de residência apresentou uma variação mensal de -0,59% em setembro. Os subitens com as maiores quedas foram móvel infantil (-2,84%), tapete (-2,75%), e roupa de cama (-2,59%). Por outro lado, as maiores altas foram encontradas em reforma de estofados (1,86%) e móveis para quarto (1,68%). Nos últimos 12 meses, a variação acumulada desse grupo é de -1,46%.

Após uma retomada em agosto (0,99%), o grupo despesas pessoais registrou um aumento de 0,30% em setembro. A variação foi influenciada pelos seguintes subitens: pacote turístico (2,52%), cinema, teatro e concertos (2,25%), manicure (1,85%), e sobrancelha (1,58%). Por outro lado, as maiores quedas foram observadas nos subitens bicicleta (-2,87%) e serviço de higiene para animais (-1,14%).

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