ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, QUARTA  31    CAMPO GRANDE 26º

Economia

Apesar de desigualdade menor, metade da população ganha menos de 1 salário

Dados de pesquisa do IBGE revelam a discrepância e a pobreza nacional

Lucia Morel | 12/11/2020 18:44
Com relação à renda per capita, a população de MS tem como rendimento médio R$ 1.491,00 por pessoa. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Com relação à renda per capita, a população de MS tem como rendimento médio R$ 1.491,00 por pessoa. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Apesar de ser o 7º Estado com menor desigualdade na distribuição de renda no Brasil, conforme índice de Gini, utilizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) através da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), metade da população de Mato Grosso do Sul ainda tem renda per capita de menos de um salário-mínimo. Todos os dados são referentes a 2019.

Os indicadores sociais publicados pelo IBGE revelam a discrepância e pobreza nacional, indicando dois dados aparentemente satisfatórios: a 7ª colocação entre todos os Estados brasileiros com melhor índice de Gini e melhor renda per capita.

No entanto, quando se analisa a taxa de pobreza (Gini), cujo índice varia de 0 a 1, Mato Grosso do Sul fica com 0,485. O melhor resultado é de Santa Catarina, que atingiu 0,422. Quanto mais próximo de 0, menor é a desigualdade. Para se ter uma ideia, países como Noruega e Bélgica têm Gini de 0,270.

Com relação à renda per capita, a população de MS tem como rendimento médio R$ 1.491,00 por pessoa. Com isso, o Estado fica em 7º entre os maiores rendimentos do País, cujo mais alto é no Distrito Federal (R$ 2.599,00) e o menor no Maranhão (R$ 637,00).

Em relação às capitais, Campo Grande tem rendimento per capita médio de R$ 1.797,00, sendo o 11º maior entre as capitais. Em primeiro fica Vitória (ES), com R$ 3.557,00, e em último, São Luís (MA), com R$ 988,00.

O índice de Gini da Capital é 0,500, sendo o 2º melhor do Brasil, perdendo apenas para Goiânia (GO), com 0,468. O pior índice entre as capitais foi registrado em Recife (PE), com 0,612.

Os números dos indicadores sociais mostram ainda que 50,8% dos sul-mato-grossenses têm rendimento per capita domiciliar inferior a 1 salário-mínimo. Na soma, 31,4% ganham entre meio e 1 salário; 14% entre ¼ e meio salário; 5,4% da população de MS vive com menos de ¼ de salário-mínimo.

Cor da pele – a população branca, conforme os dados, tem um rendimento per capita domiciliar médio cerca de 54% superior ao da população preta ou parda. Enquanto a média salarial de brancos é de R$ 1.841,00 e pretos e pardos entre R$ 1.186,00 e R$ 1.246,00.

Chama atenção ainda que, apesar de pretos e pardos constituírem 55,1% da população de Mato Grosso do Sul, eles configuram entre os 65,1% dos 10% que recebem os menores rendimentos. São ainda, apenas 33,4% dos 10% que recebem os melhores rendimentos.

Em relação ao mercado de trabalho, a taxa de desocupação foi, em 2019, de 6,9%, para brancos e de 9% para pretos ou pardos. Entre as pessoas ocupadas, o percentual de pretos ou pardos em ocupações informais chegou a 43,7%, enquanto entre os trabalhadores brancos foi de 41,2%.

Nos siga no Google Notícias