Após dois anos, frigorífico reativa atividades e contrata 600 funcionários
Dois anos depois de fechar as portas, o frigorífico Marfrig em Paranaíba, distante 422 km de Campo Grande, reativou as atividades ontem (11), gerando 600 empregos. A unidade vai começar a abater 100 cabeças de bovinos por dia.
Em julho de 2015, Marfrig encerrava as atividades e demitia 530 funcionários. Na época, era uma das 16 empresas do segmento que fechava as portas, por causa da falta de demanda. Quando anunciou o fechamento, o grupo Total S.A, que arrendou a planta ao Marfrig, retomou os abates, mas um ano depois, também fechou as portas e demitiu 288 trabalhadores.
Nesta segunda-feira, os funcionários uniformizados estiveram presentes na cerimônia de reabertura que teve a presença do CEO do Grupo Marfrig Global Foods, Martins Secco.
Segundo Secco, a reativação da planta foi um momento de felicidade. “Sem funcionários e pecuaristas a empresa não tem sentido”, resumiu.
Para o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, os incentivos fiscais concedidos à empresa retornam à sociedade em forma de empregos. “Reabrir um frigorífico nesse cenário é um fato muito importante. Para Paranaíba nós tínhamos a preocupação em gerar empregos. E para o produtor rural uma opção de vender o seu boi aqui no município. Temos certeza que, dados aos incentivos que foram concedidos, o frigorífico vai ampliar suas atividades e chegar logo, logo à plena capacidade”, afirmou.
O próximo passo, é recredenciar a planta para exportar carne. Antes de paralisar as atividades, em 2015, a unidade do Marfrig de Paranaíba vendia para a China, Hong Kong e Rússia.
A capacidade diária de abate de 630 cabeças será alcançada gradativamente, assegura o gerente administrativo da empresa, Marcos Costa. Por enquanto, “até para testar os equipamentos”, serão abatidos 100 animais por dia.
Segundo o prefeito de Paranaíba, Ronaldo Miziara (PSDB), mais de 90% do quadro atual de funcionários é composto por antigos trabalhadores que ficaram desempregados quando a planta foi fechada, na época arrendada pelo grupo Total S.A. “Nós fizemos nossa parte, o governo deu todo apoio possível, a Marfrig fez o investimento necessário. Agora cabe a cada trabalhador defender seu emprego atuando de maneira comprometida”.
Além da unidade de Paranaíba, o grupo mantém em atividade em Porto Murtinho. Recentemente confirmou a reabertura das unidades de Ji-Paraná, Rondônia e Alegrete, Rio Grande do Sul, elevando para 16 o número de plantas em atividade em todo Brasil.