Arauco começa a mobilizar eventuais fornecedores para operar em Inocência

Uma equipe do Instituto Euvaldo Lodi começou a visitar cidades da região em que a Arauco Celulose do Brasil S/A vai instalar sua unidade de fabricação de celulose em Mato Grosso do Sul para mobilizar eventuais fornecedores locais para a possibilidade de trabalhar com a multinacional de origem chilena. A fábrica será construída em Inocência, a primeira cidade visitada pela equipe, na terça-feira. Técnicos foram ainda a Paranaíba e levarão informações sobre possibilidade de relações comerciais com a gigante às cidades de Três Lagoas, Aparecida do Taboado e Água Clara, todas na região onde será instalada a unidade.

A política da multinacional é divulgar às empresas locais requisitos e normas exigidas para negociações, o que é repassado nesses encontros de qualificação conduzidos pelo IEL. Entre os conteúdos estão informações sobre gestão, como estratégia, setor comercial, financeiro, qualidade, saúde e segurança no trabalho, produção, inovação, responsabilidade social e ambiental.

Conforme o diretor de Desenvolvimento e Novos Negócios da Arauco, Mário Neto, essa preparação vai possibilitar a criação de uma cadeia produtiva com fornecedores locais direcionada às particularidades do setor florestal. Segundo ele, “quanto maior o preparo técnico e a qualificação da cadeia produtiva para atender às demandas atuais, mais alinhadas tornam-se as operações da empresa e de seus parceiros, o que faz com que ambas as partes ganham em termos de crescimento e competitividade”.

Segundo o superintendente do IEL no Estado, José Fernando Gomes do Amaral, a qualificação vai envolver até consultoria e acompanhamento. Tendo participado dos eventos do IEL, os eventuais fornecedores serão considerados aptos a participar de processos concorrenciais da empresa e de outras empresas da região e do país.

A empresa noticiou que pretende priorizar parceiros e mão de obra local.

Audiência pública - Na semana que vem, dia 17, às 19h, o licenciamento do empreendimento será debatido em Inocência. O projeto é de R$ 28,3 bilhões, conforme o estudo de impacto ambiental apresentado pela empresa ao Imasul, que é o órgão que concede licença ambiental.

A obra tem previsão de início em 2025, com duração estimada de 40 meses e começo da operação deve ser no primeiro trimestre de 2028. No auge da construção, é esperada a presença de 12 mil trabalhadores; para o funcionamento, serão 1.070 pessoas.

A fábrica será implantada à margem da MS-377, que liga a BR-262 a Paranaíba, a 35 quilômetros do perímetro urbano de Inocência, com previsão de alcançar 5 toneladas de celulose, com previsão de emprego de 10,5 toneladas de eucalipto para cada linha de produção.

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