Às vésperas do início do mundial, verde-amarelo dá lucro ao comércio
Das fachadas às prateleiras das lojas, o comércio de Campo Grande está decorado de verde e amarelo. O clima de Copa do Mundo, que contagia os brasileiros, é uma ótima oportunidade aos comerciantes para aquecerem as vendas. E o que não falta é criatividade nos acessórios para caracterizar os torcedores.
A uma semana da abertura do mundial, o comércio da região central da cidade que tem esse tipo de produto está lotado e o foco são os produtos com a bandeira e as cores do Brasil. A radialista Lucila dos Santos, 52 anos, começou a decorar a casa dela nesta semana e estava à procura de acessórios diferentes para deixar o ambiente propício à torcida.
Mas o básico também não pode faltar: a bandeira e a corneta, que foram os primeiros itens que Lucila garantiu, apesar de os dois terem de sobra nas lojas. “Vale tudo para entrar no clima e torcer para o Brasil, estou muito animada para ver nossa seleção em campo”, afirma a radialista.
Na loja Planeta Real foi montado um corredor especialmente para a exposição de produtos com temática da Copa do Mundo e da Seleção Brasileira, para todos os gostos e bolsos. Entre os itens mais convencionais, estão as camisetas, com preços de R$ 15 a R$ 40, bandeiras, de R$ 1,99 a R$ 3,99, cornetas, que variam de R$ 6,99 a R$ 9,99, e os chapéus, com média de preço de R$ 14,99.
Mas para quem quer caprichar mais na hora de torcer, há acessórios mais incrementados, como perucas verdes e amarelas, por R$ 14,99, tiaras personalizadas, por R$ 1,49, máscaras com glitter, que saem a R$ 5,99, além de pulseiras, apitos e óculos, que são vendidos em quantidade e a menos de R$ 5.
Também há squeezes com e sem cordão para pendurar ao pescoço, por até R$ 4,99, almofadas em formato de camiseta da Seleção Brasileira, por R$ 14,99, e um kit pipoca, com espaço para o balde e o copo, que custa R$ 26,99.
No camelódromo, o que mais tem espalhado são capas personalizadas para celulares. No box do comerciante Zino dos Santos, 48 anos, há para todos os modelos de aparelho e com variedade nas estampas, a R$ 20.
Segundo Zino, o movimento aumentou no camelódromo nesta última semana, quando ele passou a vender, em média, 15 capas de celulares por dia. “A gente esperava o aumento nas vendas, e garantimos um estoque bom há um ano mais ou menos”, ressalta o comerciante.
Mas as camisetas do Brasil ainda são as mais procuradas. Na banca do comerciante Muriel Yida, 20 anos, as de primeira linha saem a partir de R$ 35 e as de segunda linha por R$ 20. Segundo o lojista, as vendas estão boas, mas a expectativa mesmo é maior para a próxima semana.
“Este ano o investimento em produtos foi menor do que na Copa anterior. Em 2010, o Brasil foi eliminado na quarta de final e isso quebrou os comerciantes, então fomos mais cautelosos agora, para evitar prejuízo”, explica Muriel.
No bazar São Gonçalo, o movimento começou a aumentar no início desta semana, segundo a funcionária Déborah Sonada, 24 anos. E a expectativa é de que até a abertura da Copa do Mundo as vendas aqueçam ainda mais. Para isso, a loja vai estender o horário de atendimento neste sábado até as 17h.
Entre os produtos mais vendidos, estão as camisetas térmicas para latinha de cerveja, que custam R$ 8,90, e o chapéu com suporte para colocar copos, de R$ 39, além do gel com glitter, por R$ 18 e as bandanas, de R$ 4,90.
Mas o investimento mesmo foi unir as duas festas do meio do ano. Os vestidos de festa junina temáticos, todos em verde e amarelo, do jeito que chegaram à loja foram vendidos, e restam poucas numerações. O preço é um pouco salgado, R$ 189.
Para os funcionários - O empresário Edmilson Dourado Moraes, 49 anos, foi às compras, também nesta semana, atrás de acessórios para decorar o restaurante e vestir os funcionários em clima de Copa do Mundo.
Além das bandeiras, ele levou TNT para colocar nas mesas e nas paredes do estabelecimento. Para os funcionários, a escolha foi pelas bandanas com verde e amarelo. “Somos brasileiros e se já estamos na chuva, então vamos nos molhar, vamos torcer, o importante é entrar no clima e animar os clientes”, comenta o empresário.
Apesar das vendas em movimento, os comerciantes afirmam que ainda é cedo para falar em números e a expectativa de lucro com os artigos de Copa do Mundo.