Bancários rejeitam proposta e greve prossegue, pelo menos, até terça-feira
Os bancários rejeitaram a proposta de 7% apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e a greve da categoria continua até, pelo menos, a próxima terça-feira (13), quando uma nova reunião será realizada entre trabalhadores e empregadores para discutir a questão.
Como a greve é nacional, a discussão é liderada pelo Comando Nacional dos Bancários. Essa é a segunda tentativa da Fenaban de suspender a paralisação. Na primeira, foi oferecido reajuste de 6,5%. Os trabalhadores pedem índice de 14,78% - valor que cobriria a inflação de 9,78% e ainda daria uma ganho salarial real de 5%.
"Além da remuneração, a Fenaban precisa tratar do emprego, saúde, condições de trabalho, igualdade de oportunidades e segurança. A insatisfação é muito grande e a adesão ao movimento deve ser intensificar", frisa o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Edvaldo Barros, que também integra o Comando Nacional.
As rodadas de negociação acontecem em São Paulo. A reunião de terça acontecerá às 14h. Em Campo Grande, o sindicato estima que 85 das 120 agências da cidade ficaram com as portas fechadas nesta sexta-feira (9), o que representa uma adesão de 71%. Somando outras 27 cidades, 101 das 160 agências, além de um centro administrativo, não abriram.
Os trabalhadores consideram que, se aceitarem reajuste abaixo dos 9,78%, que foi a inflação apurada nos últimos 12 meses, estará tendo perda salarial real, o que prejudicaria a categoria. Além disso, eles creem que a forma como os bancos propõem o reajuste, incluindo no reajuste o abono de R$ 3 mil, tente ludibriar os bancários.
As reivindicações feitas são relacionadas aos salários e também a questões estruturais, como o combate às metas abusivas e ao assédio moral, fim das demissões abusivas, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho, além de mais segurança nas agências e oferecimento de auxílio educação.